Já viram a lua que temos hoje? Fogo, quando vinha para casa parecia enorme. Agora da janela já não parece tanto. Talvez tenha sido o facto de vir a ouvir smog que me turvou a vista.
Quando vinha a andar, pensava no post da torre e o que representava exactamente aquela torre de que eu próprio falava. Achei interessante o facto de ninguém ter perguntado o que era. Suponho que cada um de nós tem uma torre que nos impede de fazer aquilo que queremos e que cada um de vocês imaginou que a minha torre era a mesma que a vossa. Mas duvido. Na verdade nem eu próprio sabia bem do que falava.
8 comentários:
alguma coisa q nao deixa chegar, p um lado ou para o outro..
por acaso vi. mas tava tanto frio e eu tava tão cheia de sono que foi só o tempo de fechar as portadas.
Caro Francisco,
Pela parte que me toca, interpretei a torre enquanto fulcro de obstáculos reminiscientes que nos impedem de nos relacionarmos sem medos com os outros indivíduos que nos rodeiam.
Por termos medos inconscientes e difíceis de superar, acabamos por construir uma torre de escadas íngremes onde nos fechamos e observamos, por trás das muralhas e das janelas, o outro que quer subir a escadaria íngreme para nos dizer olá.
Às vezes apetecer-nos-ia lá ir abaixo, às escadas, oferecer a nossa mão ao outro e ajudá-lo a subir connosco mas estamos recostados e procrastinados, embebidos nos obstáculos reminiscentes e metafísicos que queremos destruir mas não conseguimos.
Devenvolvemos um sentimento ambivalente: se por um lado gostaríamos de ter indivíduos connosco lá no alto ou descer a escadaria para nos revelarmos ao outro, por outro lado há um fatalismo que não conseguimos vencer, que é ficar eternamente a espreitar pelas janelas e pelas muralhas.
Espreitamos os outros que, de tanto tentarem subir as escadas e não conseguirem, avisam por sinais e gesticulações todos os que em fila estão para subir as escadas da nossa torre: "é melhor não irem, não dá para subir, lá em cima não querem que nós subamos".
No final, o que podemos observar, são as escadas das nossas torres vazias, a acumularem pó e areia, sem vestígios de presença humana.
pode parecer que os que estão no topo não querem ninguém. a não ser que mostrem aos outros que podem ser uma rapunzel
(isto no fundo é profundo, vá mas soa a tardes da júlia a armar em auto-ajuda à la oprah)
Achaste interessante que ninguém tenha perguntado o que era - Legítimo.
Se alguém tivesse perguntado, respondias?
não sei, talvez não.
[pela terceira vez graça ao Blogger]
Não te vou perguntar o que é.
Mas vou perguntar porque é que não respondias. Porque não encontras a resposta, ou porque acreditas mesmo que o mistério é o nosso maior encanto?
quando escrevi não sabia a resposta. agora sei uma, provavelmente dentro de muitas hipóteses. mas não quero dizer tudo, em parte pelo mistério, sim. mas também por ser pessoal e por, assim, as pessoas imaginam o que quiserem.
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