quarta-feira, dezembro 30, 2009

Falso Francisco

Sou tão óbvio que até um "Falso Francisco" (que eu sei bem quem é) consegue fazer um resumo muito verdadeiro daquilo que eu queria dizer:

"O ano começou e eu sentia que era agora. Sentia-me confiante e encarava a mudança com orgulho e com as costas esticadas, olhava para o horizonte. Quando João Coração dizia "vou a caminho do nada, entrem comigo" também eu me sentia a entrar num mundo novo sem reservas. Eu era uma pessoa nova, aberta ao mundo e disposta a conhecer melhor as pessoas que me rodeavam." - Esta parte é assustadoramente verdadeira, foi exactamente isto que quis dizer com a música "Muda que Muda". Entrava num mundo novo mas, ainda que mais forte (You Can't Hurt Me Now), com medo do "god's plan".

"Foi então que comecei a ficar mais perto dela, a conhecê-la melhor e a entrar na verdadeira mudança. Mas terceiras pessoas começaram a dizer-me coisas e nos últimos tempos percebi tudo, claro como água a bater-me na face. Ainda não percebo por que é que terceiras pessoas foram tão directas e tão propositadamente directas." - Aqui falhaste um bocado. Não posso explicar bem porquê. Mas, sim, chegou uma fase em que os "sweet desires and soft thoughts were all gone". Mas não pelo que alguém disse, mais pelas coisas que foram acontecendo. O que soube por terceiras pessoas é algo mais recente, uma espécie de estocada final numa esperança já abalada.

"Continuo em mudança, sim, mas agora a pergunta que faço é "estar à espera ou procurar?". O que recomendas, Fachada? Se estiver à espera será que ela vai passar? Se procurar será que vou encontrar? E se eu procurar mas ela passar no sítio onde eu devia só estar à espera? E se eu estiver à espera e for suposto procurá-la? Como é que eu sei isto tudo?" - Sim, essa é a grande questão, "Estar à espera ou procurar?" Mas não é procurar a pessoa em questão como dizes, é procurar outro abrigo.

Balanço de 2009 (3)

Estava aqui a tentar por em palavras aquilo que quis dizer com os vídeos (sim, não são só referências aos meus albuns internacionais e nacionais deste ano) mas não consigo. Não consigo e a verdade é que está tudo nas músicas. Está lá tudo. Ainda assim, talvez tente amanhã.

Balanço de 2009 (2)

Começou assim:


Acabou assim:

Balanço de 2009

Começou assim:


Acabou assim:

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Please don't pass me by (a disgrace)

Há umas 2/3 semanas (que raio de coincidência) um sem abrigo ao pé da minha casa, que há anos e anos vendia lenços de papel, passou a simples pedir esmola. E tal como o Cohen, também eu percebi que eu sou como aquele pedinte que engole o orgulho quando percebe que já nada há a fazer.

Esquecer (3) / Natal (2)

terça-feira, dezembro 22, 2009

Esquecer (2)

Toda a informação que me chega é via 3ªs pessoas. Entre pequenos comentários, informação aparentemente inofensiva e alguma informação dada com conhecimento de (ambas as) causa(s) foram já várias 3ªs pessoas a fazê-lo. Não acredito que seja coincidência nenhuma ter sido directa. A razão, essa, é mais difícil de perceber.

Esquecer

"Nunca a vi assim" são palavras que tão cedo não vou esquecer.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Jorge Daniel

"O meu primo trocou no telemóvel o nome da mãe por Vanessa. Agora quando a mãe lhe liga todos pensam que é uma gaja que não o larga."

Estas e outras pérolas do puto Jorge Daniel. No Twitter e em blog. Grande Jorge Daniel.

sábado, dezembro 19, 2009

Natal

Oh Santa
May have brought you
Some stars for your shoes
But Santa only brought me
The blues
Those brightly packaged
Tinsel covered
Christmas blues

Bob Dylan - Christmas Blues

quinta-feira, dezembro 17, 2009

In the end

Um fim em tudo semelhante.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

In the beggining (3)

Um início em tudo semelhante.

In the beggining (2)

[Estando o post um, de qualidade muito superior ou não fosse o Mexia a escrever, neste blog.]

Diz o Lee Hazlewood no princípio do álbum Requiem for an Almost Lady: "In the beggining there was nothing, but it was kind of fun watching nothing grow." No final do álbum, já nos fala do fim, e diz: "In the end there was nothing but believe me, it was no fun hoping for nothing to end". O Mexia cita os poetas a sério, eu cito os poetas Pop.

terça-feira, dezembro 15, 2009

Afastamento (3)

Entre o "Adeus que me vou embora" do Varações/Humanos e o "Simple twist of fate" do Dylan.

Afastamento (2)

É sempre melhor sermos afastados que sermos nós a afastarmo-nos. Quando nos afastamos fica inevitavelmente um sentimento de mártir, de quem faz algo em prol de alguma coisa, de um sentimento, de si ou mesmo do outro. Quando nos afastam não fica senão a tristeza de não sermos desejados.

Afastamento

Este post foi feito com o consentimento necessário:

Em conversa ele diz que o que sente pelo grupo (como entidade) é dependente do que sente por ela. Que estes sentimentos por muito que não se queria estão definitivamente correlacionados. Por várias razões que não interessam para o caso. Mas que agora que a sua relação com ela se desmoronou também o sentimento que tinha de pertencer ao grupo se perdeu. Continua a ter e a querer manter relações com as pessoas individualmente, mas que, até ver, a ideia de grupo já não faz sentido para ele.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

As pessoas

They do not understand
The Urgency of life

de Morrissey - Angel, Angel Down We go Together

Coisas (2)

Uma das melhores coisas de estar no Facebook é as pessoas virem-me perguntar o que raio queria o post anterior dizer.

domingo, dezembro 13, 2009

Coisas

Uma das piores coisas de estar no Facebook é acabarmos por saber mais do que deviamos/queriamos.

sábado, dezembro 12, 2009

At the end of the day (2)

I saw a beggar leaning on his wooden crutch,
he said to me, "You must not ask for so much."

And a pretty woman leaning in her darkened door,
she cried to me, "Hey, why not ask for more?"

de Leonard Cohen - Bird On A Wire

At the end of the day

Sou um gajo com sorte. Tenho boas amizades (que tão mal cultivo) e durante estas últimas semanas percebi que há um maior número de pessoas interessantes no meu mestrado do que eu inicialmente suponha. Mas a verdade é que sei que at the end of the day (neste caso literalmente) sei que não tenho aquilo que quero. Suponho que como dizia o outro: "You can't always get what you want / But if you try sometimes well you just might find / You get what you need". Talvez.


segunda-feira, dezembro 07, 2009

Beber

Hoje cheguei a casa após um dia cansativo, enchi um copo de sagria e sentei-me no sofá a beber. Só faltava os National a tocar na aparelhagem. Mas foi um bom dia. Muito bom até.

domingo, dezembro 06, 2009

A pedido de várias famílias (2)

Uma rapariga lá do meu mestrado com quem nunca falei até já comenta coisas minhas. As pessoas na net são sempre mais desinibidas.

sábado, dezembro 05, 2009

A pedido de várias famílias

É oficial. Registei-me no Facebook. Será que a minha vida social aumentará exponencialmente? Sure hope not. Mas para ter a certeza vou ler nas conchas (piada para quem tem Facebook).

quinta-feira, dezembro 03, 2009

N.A.S.A.

Hoje enquanto ouvia a "People ain't no good" do Nick Cave, comecei a pensar que temos, com quase toda a gente, "hidden agendas" cuja definição fantástica é: "An undisclosed plan, especially one with an ulterior motive." Depois pensei que os verdadeiros amigos são, entre outras coisas, aqueles com os quais não temos (nem têm connosco) estes planos e motivos escondidos. Tal como numa relação superficial estes são claros e mútuos. Aplicando este conceito aos meus "amigos" cheguei à conclusão que tenho 4 verdadeiros amigos (cujas iniciais fazem uma curiosa sigla). Pessoas em quem confio e que sei que a amizade não se perderá com o tempo. Mas este exercício de cálculo não faz sentido nenhum, é certo. E as "hidden agendas" têm uma razão de ser, e não as critico de forma alguma, já que permitem uma relação amigável, uma amizade imperfeita.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Let's Call the Whole Thing Off

Para quem ainda tem dúvidas de quem deve ganhar o ídolos, aqui está a solução. (a música começa aos 3:20)