sexta-feira, junho 27, 2008

The Magnetic Fields @ Aula Magna

A primeira parte ficou a cargo de um senhor chamado Darren Hanlon. A figura fazia lembrar um Bob Dylan em princípio de carreira (ali os 2 primeiros anos): cabelo curto, camisa (castanha?) lisa de mangas arregaçadas, a guitarra pendurada. Justificou a sua chamada com bom humor e uma figura com a qual parecia difícil não simpatizar. Musicalmente, fez lembrar (referidos por S. e com as quais concordado) os Mountain Goats e os Neutral Milk Hotel, mas fez-me também lembrar os Flight of the Conchords (ainda que estes sejam exclusivamente banda de humor), também eles australianos.

Mas vamos ao que interessa, os Magnetic Fields. Esperava o melhor e a verdade é que eles em competência são isso mesmo, os melhores. Sim, devem ser das melhores bandas em qualidade de som ao vivo e presença em palco. A voz do merritt, a figura dele, o violoncelo, a figura do violoncelista, a figura de comando da Claudia G., o humor dela e do Merritt, etc, etc. E é por isso que fiquei com a sensação de que poderia ter sido muito melhor, tivessem eles tocado menos músicas dos outros projectos (ainda que as músicas dos 6ths e a This Little Ukelele, me tenham ficado na memória) e incluído músicas com maior carga emocional. Além disso, faltaram imensas músicas da época pré - 69 Love songs, da qual só tocaram a Take Ecstasy With Me ( logo a abrir a segunda parte do concerto) e das quais a Born On a Train, a Smoke and Mirrors e a All the Umbrellas In London, foram as que mais fizeram falta. Do novo álbum também achei mal escolhidas a Zombie Boy e a Courtesans, e a não inclusão da Please Stop Dancing ou da Till the Bitter End. Já do 69 Love Songs não me posso queixar que as escolhidas são algumas das minhas preferidas. É claro que faltaram imensas também (All My Little Words, My Only Friend, You're My Only Home, Busby Berkeley Dreams) mas neste caso parece-me mais compreensível - há ali 40 clássicos, caramba.
Fossem eles outra banda qualquer e o alinhamento poderia ter sido desastroso, assim, fez com que o concerto fosse "só" muito bom (para um fã). Ainda por cima estava estrategicamente sentado entre duas simpáticas beldades.

Melhores momentos: California Girls (Distortion), This Little Ukulele, Papa Was a Rodeo (69 Love Songs), Take Ecstasy With Me (Holiday), The Book of Love (69 Love Songs), Yeah! Oh, Yeah! (69 Love Songs), It's Only Time (i), As You Turn to Go (The 6ths), Grand Canyon (69 Love Songs).

Mais fotos, alinhamento e descrição do concerto, aqui.

Ps: Tinha razão em relação ao violoncelista, Sam Devol, é o maior.

5 comentários:

Maria disse...

Discordo completamente da apreciação do fulano da 1ª parte, como te disse. Um bocado simpático-pedante. E acho que dizer que lembram Neutral Milk Hotel é uma heresia, por favor.

E quanto aos Magnetic, salva-se o sarcasmo da pianista e do Merritt, mas ele também podia ter-se armado menos em "uau eu sou o intelectual da pop que escreve letras fenomenais" (do que não há dúvida, claro).

Boas melodias, mas um concerto demasiado acústico depois de um albúm mais "shoegaze" como o Distortion.

Anónimo disse...

ei, eu só disse que a voz dava ares ao gajo dos neutral milk hotel de vez em quando

Anónimo disse...

a camisa do darren era azul escura e ele fazia mais lembrar sound jewerly spotlight ou até konk vision do que propriamente neutral milk hotel.
há fotos das beldades, ou seja, têm algum site?

Francisco disse...

eu falei nos neutral milk hotel não tanto pela voz mas mais pela dupla guitarra eléctrica / banjo. se tivesse deixado sufjan stevens como tinha inicialmente tinham-me caído ainda mais em cima.

não, não há. mas são bem bonitas, cof, cof.

Anónimo disse...

desculpa lá mas surfan stevans é mais parecido com gallery weekend ou mesmo tribe 1 do quue propriamente darren jones.