sexta-feira, outubro 31, 2008

Sobre a discussão de ontem e o filme de hoje

Ontem, com grande pena minha, acabei por não assistir o concerto que os A Silver Mt Zion deram na ZDB como estava pensado. Tudo porque a empresa (que não vou dizer o nome) onde o meu irmão trabalha não gosta de deixar sair os empregados a horas decentes. Ainda assim, não me deitei cedo o suficiente para que hoje, na aula das 8, tivesse bem acordado. A aula era de comportamento animal (outra vez) e consistiu em ver um filme, mais precisamente o Mon Oncle d'Amérique (1980). Ora, ver um filme francês às 8 da manhã não é nada fácil, acreditem. E tenho pena porque o filme era interessante. No entanto, houve um cena que me ficou na memória, esta:



Acho que esta é a resposta para a crítica (no bom sentido) que me foi feita ontem à noite. A agressividade para com nós mesmos acaba por ser uma das poucas opções disponíveis para uma situação de angústia sobre a qual não temos controlo. No entanto, esta não tem de ser tão autodestrutiva como eles dizem. Mas, sim, deixa marcas. Até nos ratos.

terça-feira, outubro 28, 2008

Atracção

Hoje numa aula teórica de comportamento animal o meu professor referiu a diferença de sons entre isto e isto. E, para a mesma finalidade, referiu a diferença entre o som de alerta (na presença de um predador, por exemplo) e atracção de um parceiro (respectivamente) numa espécie de sapos ibéricos. E descobri que tenho de começar a prolongar mais os sons e não terminá-los abruptamente. Ba-si-ca-men-te a min-nha ma-nei-ra ner-vo-sin-nha de fa-lar não é a-atrac-ti-va. E pelos vistos, até os sapos o sabiam.

sábado, outubro 25, 2008

Fins-de-semana

Já dizia o Calvin: "Weekends don't count unless you spend them doing something completely pointless."

sexta-feira, outubro 24, 2008

No Age @ ZDB

Uma banda de abertura que só deu para rir de tão má que era (distribuiram pedras da calçada a meio do concerto. Felizmente, tinha uns gajos a gozar com aquilo atrás de mim que me fizeram rir bastante), mosh e crowd surfing no concerto dos No Age e o mail que o meu irmão me mandou à bocado: "Ainda oiço um zumbidozinho...", resumem bem a noite passada.

Ps: Os No Age têm fãs bem giras.

quinta-feira, outubro 23, 2008

San Quentin

Hoje esta música passou vezes sem conta. No álbum, a pedido dos prisioneiros, o Johnny Cash toca-a duas vezes seguidas. Por alguma razão adoro esta música e gosto de imaginar o que ela significou para aquele público. Como disse o johnny cash: «I was thinking about you guys yesterday. I’ve been here three times before, and I think I understand a little bit how you feel about some things. It’s none of my business how you feel about some other things, and I don’t give a damn about how you feel about other things. But anyway, I tried to put myself in your place and I believe this is how I would feel about San Quentin»:

quarta-feira, outubro 22, 2008

Toca no Discman

Já não ouvia o Parklife há um bom par de anos (talvez mais). A verdade é que nunca fui fã do álbum, gostava daquelas mais conhecidas e pouco mais, e caiu um pouco no esquecimento. Agora, mais conhecedor e com um ouvido mais perspicaz, estou a começar a gostar cada vez mais. Para ser honesto, nunca me tinha apercebido do quão rico o álbum é. Parte desta minha epifania (odeio esta palavra) acaba por ser consequência de, muitas das bandas que parecem servir de referência, serem agora minhas conhecidas. Passando pelo psicadelismo dos anos 60, o punk dos anos 70 e rock alternativo dos anos 80, este ábum reflete a música inglesa das três décadas que o precederam. Há até a pop à Scott Walker na "To the End", uma "Far Out" a lembrar Syd Barrett e ainda a Talking Headsiana "London Loves". Mas a cereja no topo do bolo são, no entanto, as letras à Ray Davies.

terça-feira, outubro 21, 2008

Era uma vez uma gabardine de senhora

Hoje, quando fui a casa da minha avó, a minha mãe levava uma gabardine que já não usava,para dar. Depois de uma lição sobre sobre o 'Word' à minha avó (num pc com o 'Windows NT' que, acreditem ou não, tinha já a função de diferentes utilizadores), decidi experimentar a gabardine e, como gostei, vou passar a andar com uma gabardine de senhora na rua. A verdade é que a única diferença é o lado em que os botões se encontram, e quem é que repara nessas coisas hoje em dia? Ninguém. Espero eu.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Hoje

Hoje tentei ir ver os dEUS à Fnac do Chiado, o que acabou por se revelar impossível face ao número de pessoas que lá se encontravam. Mas não acabei por não sair de lá de mãos a abanar, comprei por 9 euros um conjunto de dois álbuns ao vivo do Johnny Cash, o clássico 'At Folsom Prison' (1968) e o 'At San Quentin' (1969). Mas não é daquelas compilações rascas de dois álbuns que vem uma embalagem com os dois CDs, tem mesmo os dois álbuns separados e em caixas diferentes. Confesso que só conheço o 'At Folsom Prison'. E faz jus à fama.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Mau agoiro

«Guarda bem o teu tesouro,
se não sabes porque o vais trocar.
Não vejas na minha luta
os passos que te apetece dar,

eu sou sempre mau agoiro.
Guarda, então, o teu tesouro
Pois eu corri atrás de tudo
e com nada consegui ficar»

Nuno Prata - Guarda bem o teu tesouro

MEC

Na revista 'Visão' de hoje, dia mundial da alimentação, vem uma entrevista "à mesa" com Miguel Esteves Cardoso sobre a alimentação dos portugueses. No seu estilo inconfundível, somos dissecados com a precisão de um cirurgião.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Trabalhos de grupo

Este ano tenho uma série de cadeiras com trabalhos de grupo a valerem metade da nota. Ora, eu tenho um grande problema com os trabalhos de grupo: são em grupo.

terça-feira, outubro 14, 2008

Um dia terei uma destas

(e deixarei crescer um bidoge para a ocasião)

segunda-feira, outubro 13, 2008

Óculos

Até o Matt Berninger (The National) já tem uns óculos parecidos com os meus. Aceitam-se apostas sobre quem será o próximo. Eu tenho os meus palpites.

In many ways I miss the good old days

Em repeat, há uma semana, está o Is This It? Com tudo o que isso implica.


domingo, outubro 12, 2008

Maladjusted

Já depois do concerto, e enquanto esperava pelo autocarro, lembrei-me de um pós-concerto de há algum tempo em que, após grave desilusão, senti uma vontade imensa de ir de autocarro para casa, apetecia-me passar noite a andar pela rua. Ainda assim, acabei a apanhar um táxi. Ironicamente, ontem, só queria ir para casa o mais rápido possível, mas fui de autocarro para casa. Os meus sentimentos sempre tiveram descoordenados com a minha vida.

Pontos Negros @ MusicBox

As boas notícias é que assistiu-se ontem a uma espécie de revolução 'underground' que apoia a música nacional cantada em português, e é feita pelas pessoas certas. As más é que quem apoia esta "revolução" é um bando de betos-histéricos. Não quero parecer pretensioso mas quem lá esteve viu que havia ali muito exagero da parte de muitos dos "putos". Mas talvez esse histerismo juvenil seja uma das consequências necessárias para uma revolução musical.
O concerto foi bom, mas parece-me que ainda lhes falta ali qualquer coisa. Têm grandes músicas, é certo, mas ainda não conseguem manter o nível qualidade que era desejável. O que até é normal para uma banda em início de carreira. A subida ao palco de muitos dos elementos da FlorCaveira, começando pelo grande Tiago Guillul, veio trazer alguma animação. Esse foi, aliás, o ponto alto da actuação (já a segunda subida ao palco do público pareceu-me muito pouco espontânea e desnecessária). A maior parte das novas músicas não me convenceu mas para uma melhor apreciação tenho ainda de ouvir o álbum. A verdade é que não quero ser muito duro com eles, já que eu não estava com (ou não tenho) espírito para um concerto daqueles. Mas ainda que tenha ficado aquém das expectativas, foi um concerto interessante e que deixa boas indicações para o futuro.
Ficarei à espera impacientemente pela consoada FlorCaveira no Maxime. Esse sim, vai ser o concerto do ano.

terça-feira, outubro 07, 2008

Sete Canções Trágicas

Bem, são aqueles desafios blogueiros, blá blá blá. Adiante. Sete canções (todas elas óbvias) com significado especial na nossa vida. Aqui estão elas (por uma ordem totalmente arbitrária):

The Smiths - Hand in Glove



Foi a primeira que me veio à cabeça. O amor trágico. Como eu gosto. Pensei noutras dos Smiths que, em termos de letra, me dizem mais mas esta sempre foi o clássico. Talvez a minha música preferida de todos os tempos.

Morrissey - I'd Love To



Sim, outra vez o Morrissey. Esta música, completamente esquecida na carreira do Morrissey, aparece na edição especial do Viva Hate. A música não é fantástica mas chegou numa altura tramada e, nos difíceis meses de Dezembro de 2006 e Janeiro de 2007, deve ter sido a que ouvi mais vezes.

Bonnie 'Prince' Billy - Black

Black - Bonnie Prince Billy

Para mim, a melhor música do B'P'B. Já falei dela aqui, algures. Sinto uma estranha empatia por ela, acho que por não haver muitas músicas como ela. Ou mesmo nenhuma. Há noites em que isto pode tocar dez vezes seguidas.

Leonard Cohen - Avalanche



Foi apartir desta música que começei a ouvi-lo. Já conhecia uma ou outra coisa mas foi quando peguei no 'Songs of Love and Hate' e começou a tocar esta música que percebi, pela primeira vez, porque é que ele é considerado um dos melhores escritores de canções de sempre. Desde então o amor foi sempre a crescer.

Elliott Smith - Between Bars



O Elliott Smith foi o primeiro artista folk que ouvi. Lembro-me de começar pelo Either/or e esta música ter sido sempre aquela que me fazia pôr o CD em modo repeat, enquanto estava deitado na cama a ouvir. Deprimente? Bastante, e então?

Jeff Buckley - Forget Her

A par dos Nirvana (que lamento não tenha espaço para incluir), o Jeff Buckley é o artista de que gosto há mais tempo. Esta é, para mim, a melhor música dele e que inexplicavelmente não entrou no 'Grace'. Acho que esta é daquelas que fala por si.

Silver Jews - Random Rules



Cheguei a eles há relativamente pouco tempo mas desde então ando obcecado. O Berman é absolutamente fantástico. A razão para a escolha desta música é difícil de dizer. Acho que em parte se deve ao facto de eu sentir a minha vida demasiado marcada pelo acaso.

sábado, outubro 04, 2008

Without a doubt

«Nothing hurts you like the pain of someone you care about,
If I could take it all myself, you know I sure would, without a doubt»

Spiritualized - Stop Your Crying

Especialmente lento (2)

Ontem à noite, já deitado na cama, constatei que a noite anterior tinha sido o primeiro dia que dormi de edredão. Uma espécie de início não-oficial do Outono. E depois lembrei-me que tinha sonhado contigo. Não há coincidências.

Semana Morrissiana

quinta-feira, outubro 02, 2008

Especialmente lento

Das duas uma, ou há pessoas com muita sorte ou então trocam de sentimentos como quem troca de cuecas. Mas suponho que não posso criticar ninguém visto também eu ser um bocado «anormal» nisto. Como diria o Conor Oberst, sou especialmente lento.