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Mas esta não é a primeira vez que fico fascinado com uma entrevista do ALA. Há tempos ele deu uma entrevista à revista Visão (revista em que ele é colaborador, mas já lá iremos), aquando do lançamento deste mesmo último livro: O Meu Nome é Legião. Mas não se ficaram por aí, sendo aquela a primeira entrevista que dava desde que tinha tido o cancro, esse acabou por ser um dos principais temas. A angústia sentida no hospital, as mudanças que aquela experiência provocou e o reaprender a escrever, por exemplo. Devo confessar que aquela entrevista me impressionou bastante, principalmente porque tinha lido, em Abril, a fabulosa crónica que ele escreveu na revista sobre o que estava a passar no hospital. Esse, aliás, foi certamente o texto que mais me impressionou e mais me comoveu em toda a minha vida. Aqui fica um pequeno excerto desse mesmo texto que encontrei na Wikipédia:
«(...) Este mês deram-me um prémio literário. (...) e sem que eles sonhassem (sonhava eu) o cancro ratando, ratando, injusto, teimoso, cego.»
António Lobo Antunes in Revista Visão de 12 de Abril de 2007
Para além destes meus 3 encontros com ALA, tenho ainda de referir que foi graças a ele que descobri as últimas linhas dos 11 Outlined Epitaphs do Bob Dylan (que aliás já postei aqui). Está no prefácio de um dos seus livros. E como nunca é demais referir:
«Lonely? ah yes
but it is the flowers and the mirrors
of flowers that now meet my
loneliness
and mine shall be a strong loneliness
dissolving deep
to the depths of my freedom
and that, then, shall
remain my song»
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