segunda-feira, janeiro 19, 2009

Care to explain?

Hoje, enquanto ouvia os The National, fui ler os posts que fiz no mês da vinda deles cá - Maio de 2008, o mês mais produtivo do blog. Deparei-me com a minha fase psicadélica, em que fazia posts para ninguém perceber. Alguns deles estão muito interessantes. Encontrei, por exemplo, uns posts (este e este) que me fizeram lembrar uma coisa em que eu de vez em quando penso e que já tinha pensado em referir aqui: é uma pena que em Portugal não haja a cultura do date. Facilitava tudo. Pelo menos sabiamos sempre ao que iamos - o que ajuda em situações de interesse ou falta dele.

14 comentários:

Maria disse...

Existe a cultura do date sim. Com o recurso a esse termo, ipsis verbis.

Anónimo disse...

então não existe a cultura do date?
em portugal as pessoas não saem para se engatarem?

Francisco disse...

Eu acho que não. É claro que saem, daí a última frase, mas nunca é assumido. São encontros em que nunca se sabe de que tipo são.

Francisco disse...

Não há uma palavra em português que defina "encontro amoroso". E ninguém diz "encontro amoroso".

Anónimo disse...

como a dr strangelouv disse até se usa esse termo, género "tenho um date".
ou então "tenho um encontro". quando é um encontro de engate diz-se "tenho um encontro", quando não é diz-se "vou ali ver um filme com a não sei quantas e já venho".

e claro que se sabe quase sempre que tipo de encontros são.
as pessoas também têm rituais de acasalamento como o resto dos animais.

Francisco disse...

De facto dizes isso, mas dizes às outras pessoas. A pessoa-alvo nunca te ouve dizer isso.

Sim, claro que as pessoas têm rituais de acasalamento, mas os animais irracionais só vão ao cinema porque querem algo mais. Os humanos não. E assim, os rituais acabam por ser menos explícitos e demoras mais a ter a certeza.

Anónimo disse...

os humanos também só fazem x ou y porque querem alguma coisa mais. pode é não ser sempre acasalamento. pode ser para não irem sozinhos ou por gostarem da companhia da outra pessoa. há que decifrar isso, não é difícil.

Francisco disse...

Podes não decifrar isso à primeira nem à segunda. Principalmente se as tuas intenções não forem as mesmas (para um lado e para o outro).

Anónimo disse...

sim, isso é verdade. mas há que aprender a ser err detached. a olhar à distância, a ser mero observador.

cláudia lomba disse...

"São encontros em que nunca se sabe de que tipo são." Pois claro que eu venho aqui concordar com as meninas. Acho que se distingue bem quando é um date ou não. Se não se consegue distinguir assim tão bem, se calhar é porque não é date coisa nenhuma. E os sinais são sempre evidentes, só que muitas vezes as pessoas querem ver coisas onde elas não existem. Por exemplo, "ele deve gostar de mim mas não me liga nenhuma. É por ser tímido." Isso é que não existe. Quando se quer alguma coisa, fazemos com que se note.

E vai lá fazer uma visitinha ao meu blogue. A menina Sara também! Ainda é pequenino, mas há-de crescer. :)

Maria disse...

As pessoas usam directamente, sim, a palavra 'date' mesmo para com o 'alvo visado'.

Francisco disse...

Claramente faltam aqui opiniões masculinas.

Francisco disse...

Isso ou falo de coisas das quais não percebo nada.

Maria del Sol disse...

Por falar em dates, estás convocado para mais um desafio no meu blog, se para tal tiveres pachorra... :P