quarta-feira, agosto 05, 2009

Ecletismo

Ontem à noite em conversa com o meu irmão dizia-lhe que não me apetecia ver merdas intelectuais, queria ver qualquer coisa leve. No entanto, disse que planeava despachar alguns clássicos estas férias. Ele riu-se por causa do 'despachar' e por momentos esbracejámos e gozámos com a expressão. Mas é mesmo isso quero despachar. Sei que 90% desses filmes me vão passar ao lado. Acabamos a ver o Husbands and Wifes do Woody Allen.
Por alguma razão gosto de conseguir falar um pouco sobre tudo. Num momento posso estar a falar com alguém sobre desporto (futebol, atletismo, natação, etc), com os intelectuais sobre música (às vezes cinema e literatura), com os geeks (!) sobre jogos de computador, e por aí fora. Gosto do ecletismo mas este vem com um preço: não saber nada verdadeiramente. A saudosa Doutora Teresa diria que é vontade de agradar a toda a gente.

1 comentário:

Sara disse...

"E, se é certo que por um lado o especialismo favorece aquela preguiça de ser homem que tanto encontramos no mundo, permite ele, por outro lado, aproveitar em tarefas úteis indivíduos que pouco brilhantes seriam no tratamento de conjuntos. O preço, porém, se tem naturalmente de pagar; paga-o o colectivo quando se queixa, e muito justamente, da falta de bons líderes, de homens com uma larga visão de conjunto, que saibam do trabalho de cada um o suficiente para o poderem dirigir e se tenham eles tornado especialistas na difícil arte de não ter especialidade própria senão essa mesma do plano, da previsão e do animar na batalha as tropas que, na maior parte das vezes, mal sabem por que se batem"

ah, o citador!

http://www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=200807110830