Não gosto de fazer balanços de final de ano. Suponho que tenha a ver com o facto de nunca ser um balanço positivo. No ano passado escrevi: "Mas 2007 correrá melhor, com certeza. Primeiro, porque é difícil ser pior. Segundo, porque tenho a certeza que será melhor." Acho que o pior é que não posso dizer que foi melhor nem pior. E não estou a dizer que não se pode comparar anos. Não, nada disso. Digo-o porque não se pode comparar duas coisas tão iguais. É claro que houve aspectos em que 2007 foi melhor que 2006 mas, mesmo nesses aspectos, houve coisas piores. (...)
Deu-me de repente uma vontade de ir ler os post mais pessoais que fiz ao longo deste ano. Ia falar sobre o eu não gostar nada de passagens de ano citando um dos últimos posts do Pedro Mexia mas deu-me para outro lado. O que resta do post é sobre isso:
Estive agora a ler alguns dos post mais pessoais que fiz no blog para me lembrar de alguns dos meus dias deste longo ano e decidi que deveria atribuir o prémio melhor post ao post "Lua". Por várias razões. Para começar, as palavras nele contidas estão tão actuais quanto no dia em que as escrevi. Depois, porque teve bastantes comentários. Inclusive, positivos. E, ainda que se fosse hoje mudaria algumas coisas no português, exprimi exactamente aquilo que queria. A frase a reter é "Por fim, não depende de si para estar preenchida." Lembro-me de ter dado algumas voltas à cabeça para encontrar a melhor forma de exprimir esta nossa dependência. Queria que uma pessoa que estivesse a ler o texto sem atenção não desse por esta frase. Por outro lado, queria que ficasse bem clara e expressar a sua importância, daí estar no final do texto, também.
É com este post que fecho 2007. Até para o ano.
Segunda, dia 31 de Dezembro, 13.20: Estive a reler mais dois posts antigos (de Julho), gostaria de destacar o post em que falo da minha mudança mas, principalmente, o post em que falo sobre a morte de um Pombo e como isso se espalha(va) na minha vida. Em primeiro lugar, juntamente com o da Lua. Leiam ou releiam estes post que, não só me parecem dos melhores que fiz, mas também os que me deram mais prazer. E aqueles que fiz sem pensar, apenas por necessidade de desabafar sem ouvir aquelas respostas directas típicas.