sábado, dezembro 15, 2007
Afinal
Parece que afinal fui ver o filme. Mas não fui eu que tomei a iniciativa, lá está.
Sobre o filme, dizer que gostei imenso de tudo. Desde ser muito parado até à banda sonora, que incluí David Bowie e Velvet Underground, entre outros, passando pela interpretação do Sam Riley (o serem parecidos, ainda que o Ian Curtis tenha uma cara de pessoa mais afável e calma, não é esencial, mas ajuda). Só não gostei de uma coisa: é demasiado parcial. Nota-se perfeitamente que foi baseado na biografia da mulher dele. Dei por mim, a meio do filme, e fiquei no final, um pouco desiludido com o Ian Curtis enquanto pessoa. Mas suponho que haja ali cenas que são inventadas e dou o benefício da dúvida ao rapaz. A verdade é que saí da sala de cinema com vontade de aprofundar o meu não muito vasto conhecimento do Unknown Plesures, do Closer (que é o que conheço melhor) e do Substance.
Acho que o mais interessante é perceber o que o levou a escrever as letras que todos nós conhecemos e admiramos. As histórias por de trás das letras. Ainda que fique sempre aquela sensação de que é abuso de privacidade. E é. Um bocado. Epá, é. É, não é?
Aliás, o mais interessante é perceber que ele era uma pessoa como outra qualquer. Com um emprego como funcionário público e tudo. Se não é o mais interessante é, com certeza, o facto mais desconcertante.
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10 comentários:
eu tenho quase a certeza que vou perder este filme.
fazes mal, fazes mal.
Eu também adorei o filme, mas no meu caso o que não "encaixou" bem foi o facto de uma personalidade ousada e determinada como a de Curtis se ter descontrolado até ao extremo do suicídio tendo como motor principal uma vida amorosa dupla.
Uma amiga que foi vê-lo comigo lançou a hipótese de que os efeitos secundários dos medicamentos que estava a tomar para a epilepsia, que incluiam a paranóia, sejam a causa principal. Eu acho uma explicação mais plausível, mas isto, claro, não passam de suposições. E é bom quando um filme nos põe a pensar :)
hmmmm, eu acho que os medicamentos são inocentes.
é engraçado que dos três músicos que me vêm assim de repente à cabeça que cometeram suicídio todos eram casados ou tinham relações amorosas - Ian Curtis e Kurt Cobain, casados, e Elliott Smith, namorada - e aliás, tanto o Ian como o Kurt tinham uma filha, não tinham problemas monetários, portanto também não é por aí, faziam música - a sua grande paixão - e, em todos os casos, esta era apreciada e muito respeitada. Afinal, o que é que se passa com esta malta? Ah, claro, drogas. Um dia destes tenho de me ter nisso.
mas então motivos para suicídio são
ou falta de parceiro amoroso
ou falta de dinheiro
ou falta de actividade prazerosa
ou droga no sangue
ou outra coisa visível da vida?
se assim é estás a restringir a vida do outro, neste caso do ian curtes, ao que tu, e outros, vêem dele/nele.
e o resto?
foda-se, mas ao fim e ao cabo,
quem é que se mata por essas razõezinhas (ou razõezonas para quem está de fora)?
muito pouca gente, arrisco.
não, tenho a certeza.
é isso, anónima.
um gajo que se suicida é um gajo que perdeu o controlo das coisas e da vida.
não necessariamente porque tem uma vida má. mas talvez porque tem uma cabeça má e estragada.
é um gajo desorientado e desiludido.
mas isto sou eu a falar mais do ian curtis do filme. não quero generalizar embora até me apetecesse.
ó minhas caras amigas, então essas não são as principais razões para a depressão? Como é que as pessoas ficam com a 'cabeça má e estragada'? Nascem assim? Eu acredito que haja pessoas mais propícias a ficarem 'desorientadas e desiludidas' mas, mesmo essas, precisam de razões para ficarem assim e as que eu anunciei são (quase) todas. E uma coisa é as pessoas verem uma coisa e a pessoa estar a sentir outra ou sofrer muito mais do que as outras pessoas pensam mas, na minha opinião, anda sempre à volta destes aspectos.
olha a carmenzita a concordar comigo, deves ter a mania que és fina.
quanto ao resto um grande DUH! ou um lol.
e tu q não gostasses do filme. até caía o céu.
agora love will tears us apart já não é cliché, é?
tear
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