quinta-feira, julho 31, 2008

Chegar e partir

Até sábado.

quinta-feira, julho 24, 2008

Viagem adiada (2)

Parto hoje de comboio em direcção ao Algarve. On the Road na mão e America Water nos ouvidos.

Até dia 30/31 de Julho.
Boas férias.
Ou boa semana, para quem trabalha.

F.

quarta-feira, julho 23, 2008

Viagem adiada

A esta hora estão os meus amigos a reunir-se na estação de comboios de entrecampos para partirem para Faro e eu aqui à espera de tratar de papelada da faculdade. Não acho nada bem.

terça-feira, julho 22, 2008

How I Met Your Mother

Ando viciadíssimo nesta série. Vou na 3ª temporada e aconselho vivamente. Basicamente é como muitas outras séries sobre um grupo de amigos, mas é das boas. Aqui fica este excerto da 2ª temporada da série com o Barney - talvez a melhor personagem - a mostrar a sua casa de solteiro à Lily:


segunda-feira, julho 21, 2008

Hoje

We could be looking for the same thing,
If you're looking for someone.
We could belong to each other,
If you're not seeing anyone.

domingo, julho 20, 2008

Leonard Cohen @ Passeio Maritimo de Algés (2)

«I wish you'd go home with someone else. Don't be the person that you came with. Oh, don't be the person that you came with, Oh don't be the person that you came with. Ah, I'm not going to be. I can't stand him. I can't stand who I am. That's why I've got to get down on my knees. Because I can't make it by myself.»

Leonard Cohen - Please Don't Pass Me By (A Disgrace)

(Não, obviamente, não tocou esta. Nem eu queria.)

Leonard Cohen @ Passeio Maritimo de Algés

Bom, depois do silêncio de ontem à noite sinto-me já capaz de falar. E não, não foi bem o concerto que me deixou sem palavras. Nem, como sugerido pela MJ, a presença do Mexia 2 metros atrás de mim.
Sobre este concerto, iluminado por uma lua cheia, há muito a dizer. A voz do Cohen estava fantástica. Aliás, o Cohen esteve fantástico a todos os níveis. Para além da voz, estava bem disposto e ficava visivelmente feliz com as prolongadas palmas - ainda que a razão do seu regresso aos palcos não tenha sido a melhor, pareceu estar feliz com este regresso. Quando saía do palco, ía aos saltinhos. Dançava, sorria, ria-se, tudo. Pena foi que o seu altruismo seja tal que deu demasiado protagonismo aos outros músicos, concedendo-lhes a todos eles solos e apresentando cada um umas 5 vezes (se não mais). O concerto com isto perdeu ritmo e, consequentemente, intensidade. Foi esse lado instrumental que fez com que o concerto não fosse perfeito. O caso mais chocante foram os arranjos na "Bird On A Wire" que estavam pavorosos. Mas as palavras estiveram sempre lá - faltou a "Famous Blue Raincoat" - ainda por cima com a voz perfeita de um Cohen em plena forma, o que acabou por mascarar os exageros dos outros músicos. O público bateu muitas palmas, não eram só as músicas que estavam a ser aplaudidas, as palmas eram também uma forma de agradecimento pelos 40 anos de carreira.
Na música "Halellujah" senti um arrepio e vieram-me as lágrimas aos olhos. Um pouco à minha frente um senhor com 30 anos chorava. Mais à frente um senhor de 50 e tal levava as mãos à cabeça. Do outro lado um senhor com os seus 70 anos, comandava uma orquestra imaginária. Foi um dos momentos da noite. Na "First We Take Manhattan" todo o público gritava as palavras "then we take Berlin". A concorrer com estas duas para melhor música do concerto esteve, claro, a "I'm Your Man". Se a estas juntarmos a "Dance Me to the End of Love" que abriu o concerto, penso que é estranho que nenhuma das melhores músicas de ontem venha do período que mais gosto do Cohen, ou seja, dos primeiros 4 álbuns. A explicação são, nalguns casos, os arranjos. Noutros, o lado mais intimista dessas músicas que ali, ao ar livre e para milhares de pessoas, parecem um pouco deslocadas. Noutros ainda, talvez o facto da voz do Cohen não ter a agilidade que tinha. Mas por serem o que são músicas como "Suzanne" e "Hey, That's No Way To Say Goodbye" ainda me fizeram feliz.
O concerto teve quase 3 horas, o que se explica pelo facto de ter tido intervalo e com os solos e apresentações de todos os músicos mais de 5 vezes cada um, mas também por ter passado por quase todos os álbuns até agora editados. Inexplicavelmente, faltou e tem faltado sempre nesta tour, pelo menos uma música do Songs of Love and Hate. Ainda assim, daria ao concerto um 9 em 10. Ao Cohen um 10 em 10.

Voto de silêncio

sábado, julho 19, 2008

Razão versus emoção (3)

Depois de a última edição ter sido dedicada a dois álbuns do Neil Young, o tema de hoje são os incontornável concertos de hoje à noite. De um lado está Lou Reed e tem a seu favor a discografia dos Velvet Underground, com e sem J. Cale, e o álbum Transformer. Do outro, Leonard Cohen, e a sua década de 60, 70 e 80.
Têm mais do que simples respeito um pelo outro. Isso ficou claro na presença de Reed na inscrição de Cohen no Rock & Roll Hall of Fame. Também na entrevista a Reed da revista Visão que, depois de o jornalista o ter informado que iria actuar no mesmo dia que Cohen, se mostrou bastante chocado com esse facto.
Estrearam-se no mesmo ano de '67, ainda que com idades bem diferentes, Reed com o álbum Velvet Underground & Nico e Cohen com Songs of Leonard Cohen. Qual destes o melhor álbum? Impossível dizer. Mais fácil será tomar uma decisão para os concertos de logo à noite. No meu caso, é Cohen de caras.

sexta-feira, julho 18, 2008

Livros (2)

Tal como disse, comecei ontem a ler Kerouac. Uma das coisas que mais me chateia quando estou a ler um livro de um autor estrangeiro, são as traduções. Uma pessoa nunca sabe quanto do significado daquelas palavras são do autor e quanto são do tradutor. Aquelas pequenas manias, de quem são? Um exemplo disso é o calão. Soa sempre mal. E fico sempre com dúvidas sobre qual terá sido a palavra que o autor usou originalmente. E depois, o facto de os tradutores terem, muitas vezes, os seus autores correspondentes, fazem com que o seu estilo fique entranhado nos livros desses autores. Por outro lado, se lermos na língua original - no meu caso, só mesmo o inglês - acabam sempre por surgir palavras que não conhecemos o significado.

Um dos autores que deixei a meio, mas no qual faço intenções de voltar a pegar, foi este senhor:


Sobre o qual já falei aqui.

quinta-feira, julho 17, 2008

Livros

Apetece-me ler qualquer coisa. Tenho ali dois ou três livros que comecei a ler durante o ano lectivo e que não cheguei a acabar de ler mas não sei até que ponto me apetece voltar a tentar. Neste momento estou entre o Philip Roth, que foi um dos que deixei a meio, e o Jack Kerouac. Se alguém tem opinião formada sobre algum destes senhores ou sugestões para dar, é dá-las agora.

quarta-feira, julho 16, 2008

Please Don't Pass Me By (2)



Vivid and in your prime
you left me behind

Please Don't Pass Me By

Durante mais de 12 minutos L. Cohen prega as plavras que diz ter lido na rua num homem com um cardboard placard on his back. Esta música está no seu álbum ao vivo mas as suas palavras de pregação estão em todos os seus álbuns.

«Now I know that you're sitting there deep in your velvet seats and you're thinking "Uh, he's up there saying something that he thinks about, but I'll never have to sing that song." But I promise you friends, that you're going to be singing this song: it may not be tonight, it may not be tomorrow, but one day you'll be on your knees and I want you to know the words when the time comes. (...) You're going to have to learn how to sing this song, it goes:

Please don't pass me by,
oh please don't pass me by,
for I am blind, but you can see,
yes, I've been blinded totally,
oh please don't pass me by.»

Saldos

Não consigo fazer compras. Ontem e hoje percorri umas quantas lojas à procura de todas as peças de roupa possíveis - estou a precisar de tudo - e não comprei nada. Ou simplesmente não gosto, ou não gosto muito da cor/padrão, ou não gosto muito do formato, ou não têm o meu tamanho. Enfim, um pouco de tudo. Se a isto juntarmos o facto de eu simplesmente não gostar de andar às compras percebe-se o porquê de quase metade das minhas t-shirts serem de oferta e ter um número de calças a uso que nem me atrevo a dizer, por exemplo.

É claro que aproveitei para dar os meus passeios de verão (ao som de Pixies, Camera Obscura e Silver Jews), que ainda deram uns quantos posts o ano passado, e pensar na vida, cantarolar e essas coisas do costume. Isto a 30 ºC de temperatura e o sol sempre a chatear.

terça-feira, julho 15, 2008

Pixies

No outro dia lembrei-me de retirar isto da arca das recordações e avaliar de uma forma mais actual a qualidade do disco. Não podia ter ficado mais surpreendido. Isto é bem melhor do que eu me lembrava. E já tinha uma muito boa opinião em relação ao álbum. Devo confessar que conheço muito mal os dois álbuns que asandwicham este, visto que a minha preferência sempre recaiu sobre este. Como ele não precisa de grandes apresentações, deixo aqui a faixa de abertura, o clássico "Debaser", cantada ao vivo na tour em que se reuniram, há uns anos atrás:

segunda-feira, julho 14, 2008

Desligar

I've never gotten used to it,
I've just learned to turn it off

Bob Dylan - If You See Her, Say Hello

Tiago Guillul @ Fnac Colombo

Já conto com 4 showcases na Fnac, dois no Chiado e dois no Colombo. Vi Rufus Wainwright, na sua primeira passagem por Lisboa - no dia em que deu um dos melhores concertos que já vi, na Aula Magna -; vi depois Nuno Prata, ex-baixista dos Ornatos Violeta, também no Chiado, num showcase em que ele tocou o álbum que estava a apresentar quase na íntegra; "vi" - tava tanta gente que não vi quase nada - o David Fonseca na Fnac do Colombo, aquando da edição deste último álbum; e agora vi o Tiago Guillul, também no Colombo.
Ainda que me pareça que este é de longe o menos conhecido, as pessoas que lá estavam eram predominantemente conhecidos do senhor, foi o que gostei mais. Gostei, aliás, mais de o ouvir ao vivo que em álbum. Os coros parecem fazer mais sentido e o divertimento de todos os elementos da banda que o apoiava acabou por ser contagiante. Pecou - não, não foi por acaso - por ser pequeno. Tocou 6 músicas, 5 das quais do novo álbum (que eu recomendo a compra). O Tiago Guillul é o fundador da editora FlorCaveira que conta, para além dele próprio, com os já bastante conhecidos Pontos Negros - que estavam lá a apoiar, na banda e entre o público -, entre outras bandas. A música já foi definida como Punk-Cristão, ainda que para mim aquilo de punk não tenha nada. Já de cristão, até tem.
Deixo-vos aqui o myspace e o blog - que também vai passar a constar nos links aqui da casa.

domingo, julho 13, 2008

Strange Victory, Strange Defeat (3)

Hoje estou numa de música portuguesa. Já passei pelo Sérgio Godinho, pelo José Afonso e pelo José Mário Branco. Este último tem a fantástica e quase esquizofrénica "FMI" sobre o pós-25 de Abril "escrita, assim, de um só jorro numa noite de Fevereiro de 79". Acompanhem com a letra aqui, por exemplo. Aqui está a primeira parte da actuação ao vivo (só audio):



A segunda parte aqui.

No princípio parece estar decidido a fazer uma canção como outra qualquer, com estrutura poética. Depois desiste de ter versos e desata a pregar o que bem lhe apetece.
Critíca a passividade das pessoas: "Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente."
Essa passividade acaba por o irritar e aos 13 minutos começa a esquizofrenia e a revolta contra tudo o que correu mal. Diz, aos gritos, todos os palavrões possíveis: "Quero ser feliz porra, quero ser feliz agora, que se foda o futuro, que se foda o progresso, mais vale só do que mal acompanhado, vá mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos!"
E depois acalma-se. E, claro, acaba por defender a revolução de Abril: "Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grandola Vila Morena. Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois."

sábado, julho 12, 2008

Bonnie 'Prince' Billy @ ZDB

Entra em palco de crocs vermelhos e sai ovacionado por uma sala esgotada? Algo se passa aqui. Pois bem, eis Bonnie 'Prince' Billy.

Mas vamos recuar um pouco no tempo. Antes do concerto estava eu sentado à espera, quando de repente passa o Bonnie 'Prince' Billy, a assobiar, feliz, como se não fosse nada. Parecia estar a meter-se com as pessoas que ali esperavam.
Depois de estar tudo preparado e impaciente para que comece, entra a banda. O Bonnie 'Prince' Billy vinha todo de branco e crocs vermelhos. As primeiras músicas foram retiradas do último álbum, dando o mote para o resto do concerto e prometendo, desde cedo, uma noite dedicada ao country-rock. No meio de uma música alguém grita "ihá", Will Oldham responde com um "ihá" também. Toda a gente bate o pé. No entanto, o vidro para o Bairro Alto - com muita gente intrigada com o concerto que decorria lá dentro e, suponho, com a figura do B'P'B - mantêm-nos conscientes de que não estamos no interior americano, estamos em plena Lisboa. A natureza (ou roupagens, como se diz agora) country-rock das músicas tornaram-nas difíceis de acompanhar - mesmo nas músicas que conhecia bem tive dificuldade em "cantarolar". As palavras também se perderam um pouco com tantos sons por trás. A presença de um guitarrista - que era fantástico, parecia muito feliz, fazia boas segundas vozes e, como o meu irmão disse, tinha para aí 10 anos - permitiu ao Bonnie Billy não tocar guitarra em algumas músicas e esbracejar e "dançar" como bem entendeu.
É difícil comparar este concerto com o anterior tendo eles muito pouco em comum. Se o anterior tinha intimidade por ele estar sozinho ou acompanhado pela Dawn MacCarthy, uma voz feminina bem mais interessante que a da violinista desta banda - ainda que esta fosse mais gira -, acabou por haver um distanciamento. Parecia estar num pedestal, por ele ser como é e muitas vezes parecer estar noutro mundo, e pelas palavras que assumiram, nesse concerto, um papel mais importante. Aqui, a intimidade foi dada pela coesão da banda e a felicidade dos membros. E ele parecia mais próximo, mais humano até. Não deixou no entanto de deixar transparecer poucas emoções faciais (ainda que caretas ele faça com frequência) - excepto no segundo encore em que parecia muito contente. No entanto transmite-as, quer seja pelo olhar, pelas palavras ou pelo raro (e talvez por isso mais valioso e expressivo) sorriso.
Durante mais de duas horas, foi percorrida uma carreira de mais de 10 anos, desde o álbum de estreia da sua banda, os Palace, até ao álbum deste ano como Bonnie 'Prince' Billy, o seu já muito usado pseudónimo. Houve momentos lindíssimos, houve momentos de fazer rir e houve muita festa. Algumas das melhores músicas foram "You Want That Picture", "I See a Darkness" ou "Love Comes to Me", todas como seria de esperar. Até agora este foi, para mim, o concerto do ano. E ainda por cima, de todos os concertos a que já fui este ano (ver sidebar), foi o mais barato.

Quando ele voltar, lá estarei outra vez na primeira fila.

sexta-feira, julho 11, 2008

Hoje

Hoje não vejo Bob Dylan mas vejo Bonnie 'Prince' Billy que também é bem bom. E os bilhetes já estão esgotados para os dois dias. Mas acho que não me vou perdoar se o Dylan der um grande concerto.



Pergunta - resposta:

What did you do when you saw that I'd gone
did you stand very still and did tears come falling?

Oh, you want that picture don't you darling
of poor little me standing there bawling?
well it's true that I cried
but then I went outside
and I stood very still in the night
and I looked at the sky
and knew someday I'd die
and then everything would be all right

E os papeis invertem-se:

Where did you go once you'd wrote me that note
was a weight lifted off of your shoulders did you fly?

Oh, you want that picture, don't you darling
of heartless cold me
flying not falling?
well, it's true that I soared
but then I went outdoors
and I stood very still in the night
and I looked at the sky
and knew someday I'd die
and then everything would be all right

quinta-feira, julho 10, 2008

I'm just remembering (4)

Abro o cd para o pôr a tocar. Já não me lembrava deste pequeno pormenor. Na parte de trás do livrete, no meio de uma folha quase totalmente branca e em letrinhas muito pequeninas, lá está a dedicatória "This is for my first love, -". Sim, o teu nome.

Strange Victory, Strange Defeat (2)

Conheço bem a sensação de, à primeira vista, algo nos parecer uma "vitória" quando na verdade foi apenas mais uma grande derrota. E é nisso, e não em cenas musicais, que penso quando oiço o refrão da música.

Strange Victory, Strange Defeat

Estava ali a ver a reportagem da SicRadical no Alive, estavam a ser entrevistadas duas miúdas fãs dos The Hives. Histéricas e aos gritos, claro. É estranho o tipo de pessoas que esta cena indie do séc. XXI inclui. Inclui-me a mim, claro, mas também estas miúdas histéricas com as quais não me identifico minimamente.
Sobre esta estranha época na música independente escreveu Berman a música "Strange Victory, Strange Defeat", em que fala sobre o esquecimento de cantores como ele, que passaram os anos 90 a lutar contra a falta de sucesso e que agora, apesar desta explosão de bandas independentes, a vitória, continuam esquecidos, a derrota. Diz ele:

What's with all the handsome grandsons

In these rock band magazines?
And what have they done with the fat ones?
The bald and the goatee'd?

Strange victory!

Strange victory!
Strange victory!
Strange defeat

A tale is told of a band of squirrels

Who lived in defiance of defeat
They woke up in the nightmare world
Of craven mediocrity

E, de facto, os anos 90 foram anos de mediocridade musical. Principalmente a segunda metade da década, em que a música sem qualquer interesse e feita para as massas reinou. Agora que bandas independentes conseguiram ganhar o seu espaço no panorama musical (em muitos casos merecido, noutros nem tanto), é importante não esquecer quem lutou, ainda que sem sucesso, contra essa falta de atenção durante a segunda metade dos anos 90.

quarta-feira, julho 09, 2008

O vinil roda

Os Senhores (3)

Só ontem soube que, no dia a seguir a dar o concerto em Lisboa, o L. Cohen vai dar um concerto no festival Benicassim no mesmo dia que o Morrissey! É engraçado que em conversa, S. comparava a emoção de ver entrar em palco cada um destes dois senhores, como seria então vê-los entrar em palco na mesma noite? E o festival é já ali ao lado.



Ps: Nesse mesmo dia tocam The National, Micah P. Hinson, Richard Hawley e Death Cab For Cutie. Isto sim, é um festival. Claro que o preço também é de festival a sério.

terça-feira, julho 08, 2008

Nebraska

Sempre fui um bocado preconceituoso no que toca à música. Assim, foi com algum espanto que há alguns meses descobri, um pouco por acaso, este álbum do Bruce Springsteen. Nunca ouvi mais nada dele, pelo que leio este deve ser o único álbum passível de eu gostar, e no entanto gosto bastante. Não tem nada a ver com a ideia que tinha dele antes de conhecer o álbum nem, parece-me, com mais nada que ele tenha editado. É um álbum tipicamente folk tanto em termos instrumentais como nas histórias e imagens que retrata. Há quem veja aqui Dylan, e sim, ele anda por aqui, mas a verdade é que se explora neste álbum uma área que raramente foi explorada pelo Bob Dylan, as canções de viagens. Acho que até a capa passa essa ideia. É por isso que mais do que ver aqui o Bob Dylan, vejo este álbum como um complemento ao trabalho dele. E acho que, em vez de dizer se é melhor ou pior, esse é o maior elogio que posso fazer.
Deixo aqui uma das minhas músicas preferidas deste álbum, e que lhe dá o nome, Nebraska:


segunda-feira, julho 07, 2008

A profissão mais antiga do mundo

«Barney: Do you have some puritanical hang up on prostitution? Dude, it’s the world’s oldest profession.
Marshall: Do you really think that’s true?
Barney: Oh yeah, I bet even Cro-Magnons used to give cave hookers an extra fish for putting out.
Marshall: Ah ha, so the oldest profession would be fishermen.»

How I met your mother - Temporada 1 - Episódio 19

Os Senhores (2)

O nome mais importante da Folk, Bob Dylan, encontra-se com o que chegou a ser apelidado d' "a resposta britânica ao Bob Dylan", Donovan. Aqui trocam galhardetes e tocam um para o outro. Primeiro o Donovan com a fantástica "To Sing For You" (mero acaso?). Depois, a pedido do Donovan, Bob Dylan toca o clássico "It's All Over Now, Baby Blue" (que alguém diz ser "nice" e ao que o Donovan responde quase indignado "nice?"). Um dos aspectos mais interessantes do vídeo é ver a cara de desconforto do Donovan, visivelmente nervoso por se encontrar ao lado do seu ídolo. Aqui fica:



Escusado será dizer que este tipo de encontro só poderia ter acontecido nos anos 60.

domingo, julho 06, 2008

Os Senhores do Rock e da Folk

Nas próximas 3 semanas vêm cá 4 nomes incontornáveis da música, principalmente dos anos '60 e '70. São eles: Bob Dylan, Neil Young, Leonard Cohen e Lou Reed. Infelizmente, dos 4, só vou ver um, L. Cohen. Esse facto impossibilita logo a ida ao concerto do Lou Reed. Depois o Dylan e o Young estão inseridos em dias de um festival que não interessam nem ao menino Jesus. Tenho imensa pena, até porque provavelmente nunca mais os vejos. Bom, o L. Cohen não volta mais de certeza, os outros quem sabe, um dia.

Recordar ainda que Leonard Cohen viu, em Março de 2008, o seu nome inscrito no Rock & Roll Hall of Fame. E quem o apadrinhou? Nada mais nada menos que... Lou Reed. Aqui fica o vídeo, com a introdução, a apresentação do Lou Reed e o discurso do L. Cohen que inclui a música/poema Tower of Song:

Clap Your Hands

Esta, parece-me, é dos 5 álbuns que referi no post anterior a escolha mais criticável. Talvez tenha sido um pouco influenciado por estar a ouvir o álbum quando escrevi. Por outro lado, foi por ele que escrevi. Isto faz-me lembrar tanto uns Talking Heads como uns Television ou uns Violent Femmes. Depois há a cena de não perceber metade do que ele diz. Mas acho que isso faz parte do encanto. A verdade é que nunca vi uma letra deles. Aquilo até pode ser imensamente poético e eu não sei. Deixo-vos com a música que me fez gostar deles, a música In This Home On Ice (a actuação foi no Conan O'brien, que infelizmente não está no YouTube) que é uma das minha preferidas e, lá está, não percebo 80% do que ele canta.


sexta-feira, julho 04, 2008

Os 5 melhores álbuns do Séc. XXI

Por ordem alfabética:

Andrew Bird - Andrew Bird and the Mysterious Production of Eggs [2005]
Arcade Fire - Funeral [2004]
Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah [2005]
Morrissey - You Are the Quarry [2004]
The Strokes - Is This It? [2001]

E que me desculpem os Silver Jews, os National, os of Montreal, o Bonnie 'Prince' Billy, o Jens Lekman, os LCD Soundsystem, o Kanye West e todos os outros que lançaram grandes álbuns neste século.

quinta-feira, julho 03, 2008

As vossas reacções

Depois das vossas efusivas reacções ao meu post anterior, tenho apenas duas coisas para vos dizer:

1- Vocês não têm vida.
2- Vocês adoram-me.

quarta-feira, julho 02, 2008

Nothing to offer you (3)

Se não tenho nada para oferecer pelo menos que sirva de tísica de vocês Cesários Verdes. Para que se sintam melhor. Para que, depois de me observarem pela janela dos vossos computadores, possam dizer: "estou melhor; passou-me a cólera."

Nothing to offer you (2)

I'm not a playboy or a poet
There's no cool water from the well

Nothing to offer you

And I, I have got nothing to offer you
No-no-no-no-no

Just this heart deep and true,
Which you say you don't need

"About Today" - a/c b n j

Cara leitora,

Hoje cortei o cabelo a mim próprio. Máquina seis. Depois de um banho, a bitter voice in the mirror cries "hey, prince, you need a shave". Fiz a barba. Olhei outra vez para o espelho e disse look at me; baby, we'll be fine.

Atenciosamente,
F.

terça-feira, julho 01, 2008

Se

If you needed me
I would come to you
I would swim the seas
for to ease your pain