Oh, you look so tired
Mouth slack and wide
Ill-housed and ill-advised
Your face is as mean
As your life has been
"Foi a sede que me fez voltar para a estrada, mas tudo o que quis dizer fica aqui no gravador o medo, a alegria e a dor."
Nos últimos dias, um dos meus bons amigos começou a namorar com uma rapariga por quem eu nunca tinha reparado que ele tinha mostrado interesse. Até aqui tudo bem, o problema é que já me tinha parecido que ele, nos últimos 2 meses, já tinha estado interessado noutra, e não nesta, e já me tinha falado numa de Leiria. Além disso saiu há uns 2/3 meses de uma relação de 4 anos. Não estou aqui fazer juízos de valor, até porque não sei o que vai na cabeça dele, falo neste caso porque mais uma vez vejo a facilidade com que as pessoas se apaixonam. E fico sempre com a sensação de que as pessoas só querem ter alguém, não sabem estar sozinhas. Ou então que gostam de pessoas no geral e que, por isso, se apaixonam facilmente por elas. O que é óptimo, claro, mas não serve a toda a gente. Como se diz numa música dos Love:
Yeah, I heard a funny thing
Somebody said to me
You know that I could be in love with almost everyone
I think that people are
The greatest fun
And I will be alone again tonight, my dear
Well you may not be beautiful
but it's not for me to judge
I don't know if you're beautiful
because I love you too much
E depois lembro-me de ouvir a Busby Berkeley dreams, do CD 3:
I haven't seen you in ages,
but it's not as bleak as it seems.
We still dance on whirling stages
in my Busby Berkeley dreams.
E agora já ninguém me pára, já não acredito no sol.
Já era tarde e eu ainda estava na cama. Estava a pensar que tinha de mudar de vida, de estudar mais e tornar-me mais responsável. Em vez disso, ajustei o edredão, que teimosamente insistia em sair do sítio, e aconcheguei-me na cama. Fica para outro dia.
Quando estava no 9º ano - se não me engano -, numa das última aulas de inglês do ano, a minha professora pediu-nos que levássemos para a aula uma música que tivesse uma letra de que gostássemos. Eu levei a Jeremy dos Pearl Jam, não percebendo, até hoje, a ironia da coisa. É que a música é sobre um puto que levou uma arma para a escola, matou uns colegas e de seguida, suicidou-se. Conhecia a história e foi por ela que levei a música, não queria cá cantigas de amor foleiras. Felizmente, não fui um dos que foi para a frente da turma apresentar a música. É que alguém podia perceber este segundo sentido e isso era chato. Dirão que a letra da música fala mais sobre a relação com os pais mas, a verdade, é que foi os colegas que ele matou.
Será que haveria, subconscientemente, um sentimento de revolta – não tão grande, obviamente, e muito menos esta tendência suicida mas qualquer coisa - para com eles? Penso que não, mas não posso jurar. Talvez uma procura de espaço ou uma vontade de afirmação pessoal.
Antes de sair, faço a escolha do CD que vou levar no meu fiel companheiro discman. Hoje vou com este. Há um mês que este álbum revelou-se melhor que em todas as 91491453 vezes anteriores que o tinha ouvido. Não faço a mínima ideia porquê.
Post-Scriptum: Acho que não deixei bem claro que já adorava este álbum antes. Eu acho que os Smiths nunca falharam, mas, para além disso, este já era o meu segundo álbum preferido deles. A diferença é que ouvi-o de forma diferente. Está empatado com o primeiro álbum em termos de preferência, agora. Acho que nunca o tinha ouvido com 100% de atenção nos meus Pioneer SEDJ5000 DJ Headphones. Já tinha feito as duas coisas separadamente mas talvez nunca tivesse feito as duas coisas. Ou então é a minha, relativamente recente, obsessão pelo som do baixo.
Para justificar porem estatística no curso de biologia metem o prefixo bio. Ficamos assim com "bioestatística" que até parece importante. Para justificar porem o prefixo bio, fazem uns quantos problemas com ratos e borboletas em vez de bolas, cadeiras e pessoas. E como esta, outras cadeiras há que não fazem sentido. Álgebra, análise e física são cadeiras de engenheira, pá. Aposto que esses engenheiros e os matemáticos não têm biologia nos cursos deles. Malandros.
Hoje comprei este EP dos of Montreal. Foi lançado o ano passado, depois do álbum Hissing Fauna, Are You the Destroyer? e, pela capa, esperava que estas cinco canções fossem uma extensão do que foi o álbum (até pela capa que se assemelha em tudo ao referido álbum). E é e, ao mesmo tempo, não é.
O facto de as letras serem, tal como no último álbum, depressivas trás, automaticamente, o HFAYtD à baila. Era caso único na carreira dos of Montreal. E parecia que ia continuar depois de ouvirmos a primeira música. Kevin Barnes parece estar de volta à caracterização de personagens que o caracterizou (passo a redundância) durante anos. Instrumentalmente esta, Du Og Mog, é em tudo parecida com algumas das músicas encontradas no Hissing Fauna. A segunda faixa, Voltaic Crusher/Undrum to Muted Da, poderia perfeitamente ter sido feita entre os dois últimos álbuns. Conseguimos facilmente detectar pequenos aspectos que remontam a ambos os álbuns. Já a letra, a melhor de todo o EP, na minha modesta opinião, parece saída de uma fase pós-depressão por letra ser pessoal mas muito altruísta - “And please, please, please God, don't be a bastard / Christ knows she deserves something nice for a change” - mas, por outro lado, faz pouco de si mesmo e parece mais deprimido que nunca - Please don't lose any sleep over me, baby / I hardly exist. É nesta incerteza que partimos para a terceira música. Mais uma vez somos surpreendidos. Desta feita pelo facto de a música ser acústica. Há muito que não víamos uma música destas. Talvez desde a fantástica City Bird do Satanic Panic in the Attic. Já a letra nada tem a ver com os tempos acústicos da banda. A derrota é a palavra de ordem. Ele sente que a derrota é certa, as we struggle against some impossible current, mas parece confuso sobre que passo dar - How can we make things light again? How can we win? - lutar ou desistir? - Leave me, don't leave me alone. Entra a quarta música. A suavidade das músicas acústicas dos primeiros dois álbuns. Uma guitarra a fazer lembrar a já referida City Bird e uma letra sobre a sua preocupação com a filha, Alabee, agora que se encontra divorciado - Little friend, I know I've made it / So, so much harder on us / And lost you / Because I couldn't keep it together. Novamente o altruísmo, diria eu. Com a quinta voltamos ao último álbum. Tem quase dez minutos mas parecem duas músicas diferentes, uma até aos três minutos, uma transição e outra música diferente. Acaba de uma forme triste, com a repetição da frase And I never, ever, ever wanted to write this song / I always thought things would change somehow / And we would start getting along but it’s hopeless / Hopeless.
Se alguém estiver interessado posso tentar disponibilizar isto num desses sites de partilha de ficheiros. Mas vale a pena os 7 euros que dei no El Corte Inglês por ele.
Post-Scriptum: aqui está o link. Têm 7 dias.
«Tão baço o teu retrato
No álbum da lembrança!
Que vaga semelhança
Entre a imagem que vejo
E a dor que sinto!
Minto
Se te disser
Que te desejo ainda,
Que o meu instinto
Te reconhece e quer.
E sei que um dia me perdi
Em ti
Como se perde o homem da mulher.»
The machine shop owner couldn't imbibe alcohol by mouth due to a painful throat ailment, so he elected to receive his favourite beverage via enema. And tonight, Michael was in for one hell of a party. Two 1.5 litre bottles of sherry, more than 100 fluid ounces, right up the old address!
When the rest of us have had enough, we either stop drinking or pass out. When Michael had had enough (and subsequently passed out) the alcohol remaining in his rectal cavity continued to be absorbed. The next morning, Michael was dead.
The 58-year-old did a pretty good job of embalming himself. According to toxicology reports, his blood alcohol level was 0.47%."
Edit: * isto pressupõe que quando eu bebo é da mesma forma que este senhor, daí ser uma das razões porque não bebo, mas isso não é verdade. Ou é? Fica a questão para reflexão.
"I'm not what's missing from your life now
I could never be the puzzle pieces.
They say that God makes problems
Just to see what you can stand
Before you do as the devil pleases
And give up the thing you love"
Elliott Smith - Pitseleh
Sinto que preciso de intervir. Este blog sempre se distinguiu, ou tentou-se distinguir, pela liberdade de expressão. Nunca apaguei um comentário, nem tenciono fazer. Mas agora, como dizia o Nelson, e bem (coisa raríssima), isto já parece a Twilight Zone. Pessoas a dizerem coisas sem sentido nenhum, só para gozar com outros leitores e/ou comigo. Que gozem comigo, acho óptimo, façam-no (desde que não sejam coisas providas de sentido), mas peço que parem este gozo com outros leitores. Uma vez tem graça, agora já é só parvoíce (sem ofensa, cara anónima). Para além disso peço que parem de comentar só por comentar. Comentem quando têm alguma coisa de jeito para dizer ou para gozar comigo mas com algum sentido e classe. Era isto. Obrigado.
E agora venha de lá a anónima dizer que estou a defender x e y e que sou uma pessoa que se preocupa com os outros e o diabo a quatro.Era com alguma desconfiança que olhava para a passagem de ano [foto]. Por várias razões. Não que não goste das pessoas, gosto. Aliás, a maior parte delas, faço questão de ver uma vez por semana. Era mais porque não gosto de festas (quase no geral, sim). Gosto de coisas mais caseirinhas, mais calminhas. Mas a verdade é que correu bastante bem. Vamos lá ver 2008. A Maya diz que vai ser um bom ano para as pessoas de signo Leão, mas eu não acredito nada nessas coisas (ainda que veja sempre com alguma curiosidade os horóscopos). E olho, também, com alguma desconfiança para a minha sorte. Como diz o Morrissey, conheço-a bem demais.