segunda-feira, dezembro 31, 2007

2007 -------------> 2008

Não gosto de fazer balanços de final de ano. Suponho que tenha a ver com o facto de nunca ser um balanço positivo. No ano passado escrevi: "Mas 2007 correrá melhor, com certeza. Primeiro, porque é difícil ser pior. Segundo, porque tenho a certeza que será melhor." Acho que o pior é que não posso dizer que foi melhor nem pior. E não estou a dizer que não se pode comparar anos. Não, nada disso. Digo-o porque não se pode comparar duas coisas tão iguais. É claro que houve aspectos em que 2007 foi melhor que 2006 mas, mesmo nesses aspectos, houve coisas piores. (...)

Deu-me de repente uma vontade de ir ler os post mais pessoais que fiz ao longo deste ano. Ia falar sobre o eu não gostar nada de passagens de ano citando um dos últimos posts do Pedro Mexia mas deu-me para outro lado. O que resta do post é sobre isso:

Estive agora a ler alguns dos post mais pessoais que fiz no blog para me lembrar de alguns dos meus dias deste longo ano e decidi que deveria atribuir o prémio melhor post ao post "Lua". Por várias razões. Para começar, as palavras nele contidas estão tão actuais quanto no dia em que as escrevi. Depois, porque teve bastantes comentários. Inclusive, positivos. E, ainda que se fosse hoje mudaria algumas coisas no português, exprimi exactamente aquilo que queria. A frase a reter é "Por fim, não depende de si para estar preenchida." Lembro-me de ter dado algumas voltas à cabeça para encontrar a melhor forma de exprimir esta nossa dependência. Queria que uma pessoa que estivesse a ler o texto sem atenção não desse por esta frase. Por outro lado, queria que ficasse bem clara e expressar a sua importância, daí estar no final do texto, também.

É com este post que fecho 2007. Até para o ano.


Segunda, dia 31 de Dezembro, 13.20: Estive a reler mais dois posts antigos (de Julho), gostaria de destacar o post em que falo da minha mudança mas, principalmente, o post em que falo sobre a morte de um Pombo e como isso se espalha(va) na minha vida. Em primeiro lugar, juntamente com o da Lua. Leiam ou releiam estes post que, não só me parecem dos melhores que fiz, mas também os que me deram mais prazer. E aqueles que fiz sem pensar, apenas por necessidade de desabafar sem ouvir aquelas respostas directas típicas.

domingo, dezembro 30, 2007

Hoje é bom

No one I ever knew or have spoken to
resembles you
This is good or bad
all depending on my general mood

Morrissey - I Like You

sábado, dezembro 29, 2007

Melhor single de 2007

Este ano, o único 'melhor' que vou escolher é o melhor single. Os outros prémios, melhor álbum, melhor música (diferente de melhor single), prémio revelação, desilusão, etc do ano, vão ficar para os primeiros dias de 2008.

Há 4 singles que me vêem logo à cabeça quando penso nos melhores de 2007, são eles All My Friends dos LCD Soundsystem, Stronger do Kanye West, Heimdalsgate Like a Promethean Curse dos of Montreal e, a que vou escolher pôr o vídeo, You Don't Know What Love Is (You Just Do As You're Told) dos White Stripes. É uma escolha polémica, eu sei. Eu próprio vou-me arrepender daqui a nada mas como nunca falei dos White Stripes e muito menos do Icky Thump, que nos seus melhores momentos é um álbum de top, achei que mereciam esta distinção. Não tenho dúvidas que é um grande single, atenção. Mas, claro, qualquer um dos outros três é melhor. Ainda assim, os álbuns dos LCD Soundsystem e dos of Montreal vão receber, aqui no blog, as merecidas distinções e sobre a música Stronger (e a Can't Tell Me Nothin') do Kanye West já falei há tempos. Por todas estas razões, tomem lá:

Agora que já me justifiquei podem mandar as pedras. Mas, já agora, não se esqueçam de mandar pedras ao post anterior também.

Começa por M, acaba em i e no meio tem as letras assimo dut

Ontem fui aos saldos, "para aproveitar que ainda há coisas para escolher". Das várias lojas em que entrei só gostei de duas camisas e um blusão. Sou esquisito até em roupa, o que é que querem. Não havia o meu número em nenhum dos casos. Até em roupa tenho azar, já viram? Mas o mais interessante foi em relação ao blusão que vi na loja do título, nome que não me atrevo a prenunciar por pura vergonha. Na loja da Guerra Junqueiro, depois de consultar o computador, disseram que só havia o meu número nas Amoreiras. Na loja da Avenida de Roma, depois de consultar o computador, disseram que daqueles blusões só tinham sido feitos a partir do 50 (eu queria o 48). Hoje, fui às Amoreiras e estava a empregada a dizer a uma senhora que na época de saldos não conseguem saber o stock das outras lojas. Só sabem contradizer quem tem razão. Sendo assim, já não tenho vergonha de prenunciar o nome da loja onde comprei o meu novo blusão de fazenda, é a Massimo Duti. O meu pai diz que é casaco de velho, suponho que por ser de fazenda. Ao que eu respondi: “Condiz com os óculos.” “Olha, pois é.” Quando tiver 70 anos vou andar de cap, como vocês jovens agora dizem. Para não parecer cota.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Projectos de vida

Por esta ordem:

1- Ser dono de uma livraria. Mas deseganem-se aqueles que pensam que eu percebo alguma coisa de literatura ou que leio muito. Suponho que é essas são as razões pelas quais gostaria de ter uma livraria. Ter tempo para ler e instruir-me é algo que me atrai. Seria do tipo da que aparece retratada na genial série britânica Black Books. Tinha de ter aquele ar britânico e antigo.


2- Ser dono de uma loja de cd's e discos em vinil para fazer concorrencia à Carbono. Mas menos underground. Um pouco como a do Rob Gordon (John Cusack) no filme High Fidelity. Ainda que ele não esteja a fazer concorrência à carbono. Acho eu. Na foto ele está em casa, a mostrar a sua bela colecção de vinis, outra coisa que não me importava nada de ter.


3- Ser dono de um café com música ao vivo. Tipo Sin-é.


Alguém quer fazer uma parceria em algum dos projectos?


PS: E estou a estudar Biologia.
PS2: Já aprendi a justificar o texto. Há uns meses que achava que essa opção tinha desaparecido. Já posso voltar às dissertações sobre a minha vida. Estou a gozar, claro. Isso queriam vocês, seus bisbilhoteiros.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Cherry Peel - Um hino à inocência

In dreams I dance with you
We dance the best in the kitchen
While murderers and rapists surround the house
We don't care, because our house is made of feathers
They wouldn't dare

In dreams I dance with you
Though our bodies are made out of wood


of Montreal - In Dreams I Dance with You

Para a anónima que gosta de anunciar o seu aniversário mas não quer que lhe dêem os parabéns e, quase que aposto, não gosta que lhe cantem os parabéns

sing me Happy Birthday
sing it like it's going to be your last day
like its hallelujah
don't just let it pass on through ya
it's a giant among cliches
and that's why I want you to sing it anyway
sing me Happy Birthday
'cause hell what's it all about anyway


Andrew Bird - The Happy Birthday Song

:)

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Natal - Parte III - As Prendas

Recebi muitas pequenas coisas, das quais faz sentido destacar aqui:

E um marcador de livros daqueles que se compram com o nome, mas que também tinha uma designação. O nome Tiago vinha com Vitorioso. O nome Bernardo, vinha com Corajoso. O meu dizia:
Francisco
Homem Livre

O suficiente para nos deixar a sorrir por vários dias.

Natal - Parte II - As Viagens

Para começar, desejar que o vosso natal tenha sido bom. E agora, o primeiro de ainda-não-sei-quantos posts sobre o natal:

Em duas noites de lua cheia, as viagens de ida e volta foram acompanhadas pelo ex-Pulp, Richard Hawley. Ainda que já tivesse ouvido um bocadinho antes, só nos dias que antecederam a partida é que fiquei com verdadeira curiosidade de ouvir o álbum. Isto por recomendação de duas pessoas-referência diferentes. Primeiro, por uma compilação feita por uma amiga que incluía a Lady Solitude e que me fez perceber que a voz deste senhor merece atenção. E a segunda, pelo meu irmão, que no dia da partida me disse "se gostas de Jens Lekman deves gostar disto. Deves conhecer esta." e pôs a Tonight The Streets Are Ours. Reconheci, e pela primeira vez, fez sentido. Segui-se a Lady Solitude que eu rapidamente reconheci como estando na belíssima compilação acima referida. O álbum é bastante bom mas seria muito melhor se a qualidade que se pode encontrar nestas duas músicas, e também na Valentine, na Serious e na I'm Looking for Someone to Find Me, fosse reproduzido em outras tantas músicas. Mas infelizmente, ainda que mais constante, o Jens Lekman nunca terá esta voz:

sábado, dezembro 22, 2007

Natal

Hoje parto para as Mouriscas, a terra dos meus avós maternos. Perto de Abrantes. Se há altura que sinto que tenho uma sorte imensa é esta. Para começar, reune-se a família toda na casa da minha avó. Somos 8 netos, sendo eu, o segundo mais velho. É portanto uma alegria. Para além disso, na noite de natal reunimo-nos com as duas irmãs do meu avô e as suas respectivas famílias, formando assim uma grande família. O local é à vez, um ano em casa da minha avó, o outro na casa de uma das irmãs do meu avô, o outro na outra casa. E assim sucessivamente. As noites são passadas à lareira, mas isso acho que nem era preciso dizer. E nos dias que antecedem o natal vamos há horta do meu avô apanhar laranjas ou assim.

Aqui estou eu em pequeno a brincar com uma enchada debaixo de uma laranjeira. A foto já é antiga e está em más condições mas dá para ver que estou com uma camisola natalícia e uma boina do campo. Como diziam os Zombies:

«Sometimes I think I'll never find
Such purity and peace of mind again
»

Fiquem agora, tal como o ano passado, com este What's this? retirado do filme The Nightmare Before Christmas.


E já agora com Little Saint Nick dos Beach Boys.


E pronto, era isto. Quis apenas partilhar um pouco do meu espírito natalício com vocês.

Bom Natal para todos.

António Lobo Antunes

Primeiro que tudo, dizer que nunca li um livro dele. Acho que me interessa mais a pessoa que a obra. Não me parece que se lesse um dos seus livros ia gostar mas no entanto acho que fala da sua vida de uma forma interessantíssima. Lembrei-me de falar dele porque hoje à noite ele deu uma entrevista fantástica no noticiário das 21h da Sic Notícias, com o Mário Crespo. O Mário Crespo é, já de si, um grande entrevistador. Não faz as perguntas mais óbvias e, mesmo se as fizer, são feitas de uma forma aberta, que permite ao entrevistador falar sobre o assunto e, ao mesmo tempo, que não possa fugir à pergunta de uma forma rápida. Falou-se pouco sobre o último livro e muito de coisas pessoais.

Mas esta não é a primeira vez que fico fascinado com uma entrevista do ALA. Há tempos ele deu uma entrevista à revista Visão (revista em que ele é colaborador, mas já lá iremos), aquando do lançamento deste mesmo último livro: O Meu Nome é Legião. Mas não se ficaram por aí, sendo aquela a primeira entrevista que dava desde que tinha tido o cancro, esse acabou por ser um dos principais temas. A angústia sentida no hospital, as mudanças que aquela experiência provocou e o reaprender a escrever, por exemplo. Devo confessar que aquela entrevista me impressionou bastante, principalmente porque tinha lido, em Abril, a fabulosa crónica que ele escreveu na revista sobre o que estava a passar no hospital. Esse, aliás, foi certamente o texto que mais me impressionou e mais me comoveu em toda a minha vida. Aqui fica um pequeno excerto desse mesmo texto que encontrei na Wikipédia:

«(...) Este mês deram-me um prémio literário. (...) e sem que eles sonhassem (sonhava eu) o cancro ratando, ratando, injusto, teimoso, cego.»
António Lobo Antunes in Revista Visão de 12 de Abril de 2007

Para além destes meus 3 encontros com ALA, tenho ainda de referir que foi graças a ele que descobri as últimas linhas dos 11 Outlined Epitaphs do Bob Dylan (que aliás já postei aqui). Está no prefácio de um dos seus livros. E como nunca é demais referir:

«Lonely? ah yes
but it is the flowers and the mirrors
of flowers that now meet my
loneliness
and mine shall be a strong loneliness
dissolving deep
to the depths of my freedom
and that, then, shall
remain my song
»

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Vinis

Hoje tive na Carbono e, em princípio, esta será a prenda que o meu irmão vai receber no natal. O primeiro álbum dos Mutantes, banda brasileira de pop-psicalécico dos anos 60 e 70, para quem não sabe. Infelizmente, nunca ouvi o álbum mas dizem que é muito bom. Sei que o meu irmão gosta e sempre é uma coisa diferente. Para mim gostava imenso de comprar o Family Tree do Nick Drake. Aquilo tem mesmo bom aspecto, o problema é que são 35 euros.

Morrissey

Numa entrevista dada à BBC 2, sobre ter sido votado pelo público como sendo um dos 3 icones britanicos ainda vivos (juntamente com David Attenborough e Sir Paul McCartney), quando questionado sobre as pessoas irem ter com ele e dizer-lhe I love you e you're my hero,etc. Steven Patrick Morrissey, responde:

Yes, it’s very true. And it’s fascinating because it implies you are part of their life forever. And even if they go off you eventually, you’ll always stay in their hearts somewhere because it’s almost as if we’ve been through a certain period of time together that is unforgettable.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

2006

Hoje saí às 7.30 de casa. A chuva não dava descanso a ninguém, nem mesmo às pessoas que iam de guarda-chuva (que não era o meu caso). Ainda assim, a escolha do CD que levaria no meu discman (sim, eu sou um fiel possuidor de uma destas raridades) revelou-se perfeita. Possivelmente, um dos álbuns mais adequados a um dia de sol no Outono que conheço (sendo que o melhor é o In the Aeroplane Over the Sea dos Neutral Milk Hotel). E talvez por isso, acabou por me transportar para uma outra realidade (aliás, o nome do álbum é Let's Get Out of This Country) e, consequentemente, ajudar a ultrapassar o facto de os ténis estarem a ficar mais molhados a cada passada. Isto tudo para dizer que este álbum só não consta na minha lista de melhores álbuns de 2006 porque ainda não o conhecia. Provavelmente era o dos Sparklehorse que saía. Aqui fica um cheirinho de uma das letras (uma parte que eu adoro e que, às vezes, acho que podia ser dirigida a mim):

You can’t see that you’re just the same
As all the stupid people you hate
I’m not saying I’m free from blame
Because I need all the friends I can get

terça-feira, dezembro 18, 2007

King Creosote - Bombshell

Não é um álbum fantástico nem um dos melhores álbuns do ano, mas a verdade é que ninguém o conhece e isso é uma injustiça do caraças. Nem sequer teve direito a crítica no Pitchfork nem nada. (Era uma 'piada', não era pretensiosismo. E dizer piadas sem piada não é ser pretensioso, é só ser parvo. O que não é necessariamente melhor.) Para além de ser um bom álbum tem uma das melhores músicas de abertura de um álbum este ano, se não a melhor. A música chama-se Leslie e a parte instrumental é apenas um acordeão. A letra pode ser encontrada, pelo menos até há pouco tempo, apenas no site SongMeanings uploadada por este que vos escreve.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

O melhor de 2007

Na lista que divulgarei aqui no blog nos próximos dias este vai constar como o melhor álbum de 2007. É quase épico, caraças.

E se tivesse essa categoria, de pior capa. Que ainda por cima tem a ver com a pior música do álbum, Shirin.

Fiquem com um aperitivo do que é o álbum, ainda que aqui a música The Opposite Of Hallelujah apareça despida de orquestrações:



Não conheço muitos cantores que escrevam letras assim tão boas. E o rapaz é sueco.

Nada

O post foi apagado por ser demasiado pessoal e o autor se ter arrependido.

domingo, dezembro 16, 2007

O sentido é uma construção cultural

Pessoa 1: Ouviram?
Pessoa 2: Será uma cadeira velha a ranger?
Pessoa 3: Será um osso a estalar?
Pessoa 4: Não! É um traque do Thom Yorke!
Todos: Yeah!

sábado, dezembro 15, 2007

Esta Noite

Afinal


Parece que afinal fui ver o filme. Mas não fui eu que tomei a iniciativa, lá está.

Sobre o filme, dizer que gostei imenso de tudo. Desde ser muito parado até à banda sonora, que incluí David Bowie e Velvet Underground, entre outros, passando pela interpretação do Sam Riley (o serem parecidos, ainda que o Ian Curtis tenha uma cara de pessoa mais afável e calma, não é esencial, mas ajuda). Só não gostei de uma coisa: é demasiado parcial. Nota-se perfeitamente que foi baseado na biografia da mulher dele. Dei por mim, a meio do filme, e fiquei no final, um pouco desiludido com o Ian Curtis enquanto pessoa. Mas suponho que haja ali cenas que são inventadas e dou o benefício da dúvida ao rapaz. A verdade é que saí da sala de cinema com vontade de aprofundar o meu não muito vasto conhecimento do Unknown Plesures, do Closer (que é o que conheço melhor) e do Substance.

Acho que o mais interessante é perceber o que o levou a escrever as letras que todos nós conhecemos e admiramos. As histórias por de trás das letras. Ainda que fique sempre aquela sensação de que é abuso de privacidade. E é. Um bocado. Epá, é. É, não é?

Aliás, o mais interessante é perceber que ele era uma pessoa como outra qualquer. Com um emprego como funcionário público e tudo. Se não é o mais interessante é, com certeza, o facto mais desconcertante.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Cinema

Filmes que estão no cinema e eu quero ver mas que, como é meu costume, vão passar sem os ir ver:



quarta-feira, dezembro 12, 2007

Recordar Elliott Smith

Don't you dare disturb me
While I'm balancing my past
Because you can't help or hurt me
Like it already has


Elliott Smith - Bled White

terça-feira, dezembro 11, 2007

Descubra as diferenças

The Smiths - The Headmasters Ritual [Live @ Madrid]


(Se preferirem a versão playback para TV está aqui)

Radiohead - The Headmasters Ritual [Webcast]


Edit: Curse of Millhaven, se gostares de Morrissey não chega para te decideres a conhecer bem os Smiths que tal serem uma influência de Radiohead? ;)

domingo, dezembro 09, 2007

Especial fim- de-semana: The Magnetic Fields Parte II - Domingo - Versão 2

Dizia eu que não havia nenhuma música em especial mas afinal há. E, ainda que eu esteja farto de dizer que o CD 3 do 69 Love Songs é o pior, é novamente deste CD que retiro a fantástica 'How To Say Goobye'. Lembrei-me dela porque, enquanto lanchava,estive a ver um bocado daquele filme com a Julia Roberts, O Casamento do meu Melhor Amigo ou assim, que já todos vimos. E quando me pus a ouvir a música, isto fez um sentido do caraças.

The only thing that I could ever feel
I can't believe it wasn't real
The only thing that I could ever feel
I can't believe it wasn't real
You can't open your mouth without telling a lie
but baby, you know how to say goodbye

The thing I spent my whole life waiting for
has just walked out and locked the door
The thing I spent my whole life waiting for
has just walked out and locked the door
You can't feel a thing and you won't even try
but baby, you know how to say goodbye

I'm overjoyed to hear about your wedding
I'm writing you to wish you every blessing
I'm overjoyed to hear about your wedding
I'm writing you to wish you every blessing
and I'm so happy I could cry
Oh baby you know how to say goodbye

Especial fim- de-semana: The Magnetic Fields Parte II - Domingo

Como escolher outra letra para por aqui seria quase impossível (ontem não foi uma escolha, não conseguia parar de cantar aquela), decidi que hoje teriam direito a um vídeo. Isto reduz as hipóteses a quase nenhumas, visto que há apenas 4 vídeos de uma actuação ao vivo em Cambridge, sendo que um dos vídeos não tem a música completa. Assim, a minha escolha recaí sobre a "Yeah! Oh, Yeah!", de longe a melhor das outras 3, música retirada do não tão bom CD 3 da obra-prima 69 Love Songs. Parece que as pessoas não conheciam a música visto que ainda riem da letra. Ainda que seja uma letra triste é propícia a este tipo de reacção. O Stephen Merritt é o tipo de escritor de canções que faz isto. Como o Morrissey ou o Jens Lekman, que é comparado muitas vezes aos dois anteriores. A parte instrumental da música é, também ela, belíssima.

Os Magnetic Fields são a banda que mais quero ver ao vivo. Sobre isso não há dúvidas. Há dois anos e meio que espero por esse dia. Será uma experiência bastante emocional visto que eles me dizem tanto. Principalmente em dias como este. Como eles vão lançar um álbum no início do próximo ano e já têm algumas datas marcadas, pode ser que passem por cá. Como grande fã da Aula Magna, esse seria, para mim, o sítio ideal. Enfim, deus queira que sim, que venham.

Sem mais demoras, aqui fica "Yeah! Oh, Yeah!" os Magnetic Fields:

sábado, dezembro 08, 2007

Especial fim- de-semana: The Magnetic Fields Parte I - Sábado

Nada como um fim-de-semana a ouvir Magnetic Fields. Neste momento, estou com a 'The Flowers She Sent and the Flowers She Said She Sent' e a 'All the Umbrellas in London' na cabeça. Duas músicas de albuns anteriores à obra prima 69 Love Songs. Nesta segunda música ele diz: 'all the dope in New York couldn't kill this pain' e a verdade é que os Magnetic Fields são, talvez, o mais próximo de 'matar esta dor' que conheço.

If I live through the night
I could be alright
It could make a good song or something
I've been trying to give myself reasons to live
But I really can't think of one thing

I drive around
I walk around in circles
'Cause I've got no sense of direction
I guess I've got no sense at all

All the umbrellas in London couldn't stop this rain
And all the dope in New York couldn't kill this pain
And all the money in Tokyo couldn't make me stay
All the umbrellas in London couldn't stop this rain

I don't cry anymore
I walk out of the door
And I usually keep on walking
I may sit in a bar
Where the cocktails are
But I really don't feel like talking

I ride around
And let the darkness fall
'Cause I've got a sense of perfection
And nothing makes much sense at all

All the umbrellas in London couldn't stop this rain
And all the dope in New York couldn't kill this pain
And all the money in Tokyo couldn't make me stay
All the umbrellas in London couldn't stop this rain

Castanets @ Maxime


Cedo se percebeu que público era coisa que não existia para este concerto. No total, havia cerca de 40 pessoas para o concerto, um grupo de 30 pessoas num jantar de família e pequenos grupos num total de 40 pessoas. Estariam, portanto, cerca de 110 pessoas no Maxime, das quais apenas 40 tinham pagado os 8 euros de entrada pelo concerto. O resultado foi desastroso. O que poderia ter sido um concerto muito interessante e com carga emocional elevada, foi apenas uma vergonha para quem estava lá para o concerto. Senti vergonha e irritação pelo facto de as pessoas que não estavam lá para o concerto estarem constantemente a falar e rir. Um desrespeito pelo artista e por quem foi lá para o ver.

O senhor Raymond Raposa estava sozinho em palco, acompanhado apenas pelo seu pedal de loops. Vestido à lenhador americano, com chapéu de rede e tudo, e com a sua barba a atingirem os níveis de espectacularidade que podem ver na fotografia. Os tiques eram os mesmos que o do Bonnie 'Prince' Billy (também ele com uma bela barba), que tive o prazer de ver também no Maxime. A música era um pouco mais experimental mas, também ela, não andou muito longe da produzida pelo B 'P' B. O problema é que o Will Oldham já anda nisto há mais de 10 anos, através de projectos vários (sendo o projecto mais interessante o Bonnie 'Prince' Billy). Assim, já tem um público que lhe é fiel. O senhor Castanets, não. E essa é a razão pela qual, mais de metade das pessoas que lá se encontravam, não terem o mínimo interesse em ver o concerto. Sem microfone, e dirigindo-se para as mesas que sabia terem pessoas que queriam ver o concerto, chegou mesmo a comentar o facto de haver pessoas a falar e rir. Por esta razão, encurtou o concerto para uns escassos 45 minutos. Uma hora, no máximo. Quando fez encore disse qualquer coisa do tipo: It sounded like some of you didn't want me back. E, provavelmente, tinha razão. O encore foram duas músicas pedidas pelo público, que ele concordou em tocar sem qualquer hesitação.

Depois do concerto, foi beber um copo e conviver com quem quisesse trocar meia dúzia de palavras com ele. Já antes do concerto tinha estado ao balcão, a beber, sozinho.

Mas mesmo depois disto tudo, saí de lá com vontade de ouvir melhor os três albuns que ele já editou (eu antes de 3ª nunca tinha ouvido nada dele). Em parte pela simplicidade que mostrou ter.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

The Killing Moon


Depois da referência ao álbum Ocean Rain dos Echo & the Bunnymen no blog Sound + Vision decidi voltar a pegar-lhe. Pena que não tenha mais nenhuma música tão boa quanto esta.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Não me parece que Deus vá na conversa do 'ah, e tal, se fosse eu'


Here lies Martin Engelbrodde,
Ha’e mercy on my soul, Lord God,
As I would do were I Lord God,
And thou wert Martin Engelbrodde.

domingo, dezembro 02, 2007

(...)
«And I wish that I was made of stone
So that I would not have to see
A beauty impossible to define
A beauty impossible to believe

A beauty impossible to endure
The blood imparted in little sips
The smell of you still on my hands
As I bring the cup up to my lips

No God up in the sky
No devil beneath the sea
Could do the job that you did, baby
Of bringing me to my knees

Outside I sit on the stone steps
With nothing much to do
Forlorn and exhausted, baby
By the absence of you
»

Nick Cave & the Bad Seeds - Brompton Oratory