sexta-feira, maio 04, 2007

Camané @ Teatro Municipal S. Luiz

Um concerto que custa 5 euros já valeu, à partida, a pena assistir. E esse foi o grande incentivo, tudo o que é grátis ou muito barato os portugueses querem e eu não sou excepção. Sendo esse concerto num teatro como o Teatro Municipal S. Luiz (já fui ver e foi inaugurado em 1894) mais a pena vale. As expectativas não eram muitas, havia sim alguma curiosidade em ver como seria o concerto. Primeiro por ser o Camané e em segundo por ser curioso que um músico que toda a vida cantou em português faça um espectáculo em que a maior parte das músicas eram em Inglês, ainda para mais num género que não é o seu (pois, cantar fado em inglês é que seria estranho). A verdade é que o resultado não é o que se pretendia. Supostamente, o espectáculo deveria ser bonito. Não o foi. Em grande parte pela pronuncia do Camané, que nem sempre era a melhor e que, por vezes, causava algum riso (pelo menos em duas pessoas no 2º balcão, fila B). Mas também houve coisas boas. Não se notou, por exemplo, que o facto de estar a cantar numa língua que não era a dele o incomodasse, o que é de louvar. E, claro, houve músicas interessantes.

Coisinhas:
Havia um gajo atrás de mim que estava constantemente a bater o pé. Ora, temos ali 50 músicos profissionais mas, ainda assim, o raio do homem acha que pode acrescentar qualquer coisa ao concerto com o seu bater de pé. Gostava de saber o que é que o senhor estava a pensar naquele momento "Ora, agora entro aqui. Uau, que entrada brilhante. Pera, deixa-me parar que isto agora fica melhor sem batuques. Sou mesmo bom." Patético.
Sendo o Camané um fadista, não pode deixar de cantar um fadito, até cantou o mesmo duas vezes, ao qual se seguiu, de ambas as vezes, um potente "AH FADISTA!" do sr. Zé (ouvi uma senhora comentar).

2 comentários:

Anónimo disse...

Realmente bater o pé é um habito irritante e nojento.

Francisco disse...

quando estás a bater o pé suficientemente alto para as pessoas num raio de 5 metros ouvirem, é.

ah, o teu tique de abanar a perna não entra aqui isso é um fenómeno que ainda está em investigação. Lá chegaremos.