Uma leitora atenta do blog disse, num post anterior, que não achou bem que fosse feita uma piada n'Os Contemporâneos sobre a Maddie. Os limites do humor são pergunta recorrente aos humoristas, e tendo em conta que a minha prima de 13 anos me disse, no domingo, que eu tinha jeito para essa nobre profissão, achei que tinha uma palavra a dizer. Na minha opinião, não deve haver limites ao humor. Há, isso sim, timings e maneiras de dizer as coisas que fazem toda a diferença. Devo confessar que gostei bastante da piada. Primeiro, o timing parece-me bom - por um lado, tem-se falado muito sobre o desaparecimento agora e, por outro lado, já há distanciamento suficiente para poder ser material de comédia. E segundo, as duas coisas referidas, o excesso de cobertura jornalística e o excesso de aparecimentos da Maddie em diferentes locais, parecem-me dois aspectos da tragédia bastante inofensivos. Além disso, o facto de ele perceber que a piada pode ferir susceptibilidades e dizê-lo claramente acaba por suavizá-la.
quarta-feira, maio 07, 2008
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1 comentário:
«uma leitora atenta» :D
por causa desta afirmo aqui publicamente que
o Francisco é mesmo um gajo podre da bom.
ahahaah
bem, concordo com a cena do não haver limites ao humor, mas é na parte do timing que estamos em desacordo: exactamente por agora fazer um ano do desaparecimento da miúda é que não me pareceu de bom tom. e não consigo apresentar mais argumentos, porque de facto isto nem parece de mim estar aqui a dizer: «epaaaah com essas coisas não se brincam...txiiii...». mas houve qq coisa q me repugnou na piada, talvez por tb n adorar o bruno nogueira.
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